quinta-feira, 16 de março de 2017

Paralisação dos médicos de São Lourenço do Sul ultrapassa 40 dias e negociações não avançam

A paralisação dos médicos da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul completa 42 dias nesta quinta-feira (16), ainda sem perspectiva de acordo que possa colocar um fim ao movimento. Desde o dia 03 de fevereiro passado, somente os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos. Os médicos não recebem salários desde setembro de 2016 e as propostas encaminhadas à direção da Santa Casa foram rechaçadas.

Na última tentativa de negociação, o hospital não aceitou a contraproposta apresentada pelo SIMERS, de pagamento do mês de janeiro de forma integral e dos atrasados em seis vezes sem juros ou em doze vezes, com acréscimo do IGP-M. A Santa Casa quer pagar janeiro, não atrasar mais salários a partir de março e quitar os meses em atraso em 36 vezes.

Em um manifesto que será divulgado nas redes sociais, os médicos reforçam que não têm mais condições de trabalhar sem o recebimento de salários. Eles reivindicam condições dignas de trabalho e o pagamento dos valores em atraso.

O SIMERS reforça que, a partir de dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), a Santa Casa recebeu cerca de R$ 1,4 milhão em valores atrasados do governo do Estado no final de janeiro, que deveriam ser utilizados para o pagamento de médicos e funcionários.

O movimento

Paralisados desde o início de fevereiro – um mês após notificar o hospital dessa intenção –, os médicos de São Lourenço do Sul seguem mantendo os serviços de urgência e emergência. O movimento envolve especialistas de cinco áreas – anestesia, radiologia, pediatria, cirurgia e ginecologia. A medida só foi tomada após expirar o prazo de 30 dias da notificação encaminhada à direção da Santa Casa, no início de janeiro, na qual o SIMERS cobrava a regularização dos pagamentos, e para a qual não obteve resposta. (SIMERS)

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