terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Santa casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, faz esforço diário para continuar funcionando

Divulgação: Santa Casa de SLS
Fotos: Augusto Pinz/São Lourenço do Sul em FOCO 
De um lado com os salários dos servidores em dia, no outro, com honorários médicos em atrasos, esta tem sido a realidade constante da instituição nos últimos anos, com as contas deficitárias administrar a casa é um desafio que requer planejamento das prioridades e diálogo com as partes. Mesmo com as despesas sendo enxugadas já a vários anos, é difícil encontrar uma brecha para mais contenção sem afetar a qualidade na prestação dos serviços, “nosso quatro de funcionários está dentro dos padrões aceitáveis para um hospital do nosso porte” afirma o presidente da provedoria da Santa Casa de Misericórdia, José Ney Pereira Lamas para mostrar a dificuldade em diminuir gastos. “o que investimos hoje é o essencial para a manutenção dos serviços” continua. Dividas com o FGTS, Imposto de renda e INSS ultrapassam a casa dos R$22.800,000,00, e mesmo parcelados são um peso nas contas a pagar interferindo diretamente na gestão dos recursos disponíveis, analisa o provedor. Estado e Município contribuem com repasses mensais a instituição, porem o Estado atrasa freqüentemente, e ainda tem pendências do Ultimo mês do ano de 2016, desta forma o dinheiro vindo do governo estadual cerca de pouco mais de um milhão, quando chega já está defasado. Em 2013 houve um alento para os hospitais que atendiam mais que 80% pelo SUS, uma portaria estadual de nº122/12 Cib de orçamentação, estipulou uma complementação de recursos com vistas ao custeio para quem atendesse os critérios da norma, a Santa Casa de São Lourenço do Sul, se adequou e foi contemplado com o financiamento estadual, entretanto os recursos nunca vieram, apesar dos custos terem aumentados, o que gerou um déficit de mais de R$ 12.000.000,00 A verba que seria de R$409.000,00 mensais, nunca chegou, porem hoje a Santa Casa contabiliza o prejuízo, uma vez que o aumento dos atendimentos via SUS não foram mais reduzidos pois a cada ano aumenta a demanda. Não há segundo o presidente José Ney um fechamento de contas se não acontecer a correção linear da tabela do SUS pelos serviços prestados (a correção a 18 anos não é efetuada) A maioria dos hospitais, assim como a Santa Casa de São Lourenço do Sul, enfrentarão cada vez mais dificuldades, visto que a defasagem é de 40% do valor dos serviços prestados. “o déficit do custeio é o principal responsável pelo o que vem acontecendo com as entidades que prestam serviços na área da saúde” finaliza preocupado o presidente. Mesmo diante das dificuldades, neste momento não se cogita diminuição nos atendimentos ou nos serviços prestados, porem as dificuldades impedem novos investimentos, que seriam traduzidos em mais qualidade no atendimento a população.

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