terça-feira, 26 de abril de 2016

Chuvas interferem nos resultados da qualidade da água na BR-116/RS

                O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por meio da Gestão Ambiental (STE S.A.) da BR-116/RS, realizou a 15ª campanha do Programa de Monitoramento da Qualidade da Água entre os dias 12 e 14 de abril. Foram coletadas amostras em 15 cursos d’água interceptados pela duplicação da rodovia, entre Guaíba e Pelotas. As atividades ocorrem a cada três meses e visam identificar possíveis impactos da construção sobre os recursos hídricos locais. A comparação entre índices calculados em campanhas anteriores aponta para uma influência da precipitação pluviométrica nos locais amostrados.

                O monitoramento acontece sempre em dois pontos diferentes para cada local, sendo um acima (montante) e outro abaixo (jusante) de onde estão as obras. Do conjunto de parâmetros analisados, cinco são medidos em campo com o auxílio de aparelhos e os demais são encaminhados para análise laboratorial. Os resultados das análises são comparados com os limites de classificação da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 357/05, a qual dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. O acompanhamento também inclui o cálculo do Índice de Qualidade da Água (IQA), uma espécie de nota final (que varia de zero a cem) obtida através de uma equação que leva em conta nove parâmetros com pesos relativos.

                 Os índices obtidos até o momento não indicam impactos representativos das obras na qualidade da água, mas a equipe pôde observar que há uma influência da precipitação pluviométrica nos pontos amostrados. “O escoamento superficial e o processo erosivo provocado pela chuva nas bacias hidrográficas e o consequente aporte de matéria orgânica, sedimentos e nutrientes aos arroios monitorados influenciam diretamente no comportamento de alguns parâmetros”, avalia o engenheiro agrônomo da STE S.A., Lauro Bassi. Esta hipótese, reforça, pode indicar que há nas bacias dos corpos hídricos um processo de poluição das águas superficiais, possivelmente associado a esgotos domésticos e dejetos animais, que alcança os arroios especialmente nos períodos de muita chuva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário