A RBS TV Porto Alegre apresentou, em rede estadual, uma reportagem que mostrou que a duplicação da BR 116 Porto Alegre-Pelotas está parada em praticamente todos trechos, com exceção de Turuçu, onde atua a SBS. Reproduzimos na íntegra o teor da reportagem: “Uma das principais rodovias do estado já deveriam estar pronta há mais de um ano. Mas, o que menos se vê na pista, são operários trabalhando. As obras, além de atrasadas, estão na mira do Tribunal de Contas da União. A suspeita é no sobrepreço na compra de materiais e na contratação de serviços. Completamente abandonado, está assim o viaduto que liga a BR 116 à ERS 737, para Arroio do Padre, no sul do Estado. A construção faz parte da duplicação da BR 116 e é o retrado do esquecimento que se estende por 207 quilômetros de trechos em obras por toda rodovia. Homens trabalhando neste trajeto só são encontrados em Turuçu. Em direção à São Lourenço do Sul, a vegetação esconde o desperdício do material de construção comprado com dinheiro público. Logo à frente encontramos trechos que as obras sequer começaram. A especialista de pós graduação de infraestrutura e Transporte rodoviário, da Universidade Católica de Pelotas diz que os trechos parados terão que passar por uma reavaliação “onde a água levou o material realmente foi perdido”.
A situação não melhora para quem viaja até a capital. Entre Camaquã e Porto Alegre também há muito atraso e chama atenção dos motoristas: “A gente só vê placas mas não vê máquinas nem asfalto pronto”. Olhando para o asfalto, parece que o trecho já foi finalizado, só que ainda não. Ele já deveria ter ficado pronto em janeiro de 2015 mas até agora nada. É só andar um pouquinho mais para a frente e já se vê que é só chão batido.
Quanto mais o tempo passa, mais cara fica a obra. O custo da duplicação de todo trecho da BR116 era em torno de 900 milhões de reais. Agora o custo já subiu para 1.200 bilhão de reais. Entre as razões, está o aumento do preço do asfalto que teve um reajuste de 34% pela Petrobras. Além disso, a obra está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União.
O TCU aponta sobrepreço em serviços e matérias primas. A suspeita é que foram cobrados valores acima do preço de mercado. Por isso os relatórios pedem que valores sejam revistos. O Sindicato das empreiteiras diz que as obras estão paradas por falta de repasse do Governo Federal. O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) informa que os pagamentos foram ajustados aos recursos disponíveis no orçamento e nega que a duplicação esteja parada”.
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