domingo, 30 de abril de 2023

Vende-se sítio em Campos Quevedos

 Vende-se sítio com 2 hectares  frente para estrada.  Futuramente podendo comprar mais 6 hectares. Em São  Lourenço do Sul, 40km de Canguçu.


Com galpão, cacimba e açude pequeno. Casa com 2 quartos podendo ser feito mais um no segundo piso, sala, cozinha, banheiro, garagem com churrasqueira, fica a 1km da ERS 265. 

Interessados entrar em contato no 53 99977-6771

Exposições da Semana na Casa da Paz

 


CEEE Equatorial divulga manutenções entre 02 e 07 de Maio

Ações aumentam qualidade no fornecimento de energia. Desligamentos são avisados com antecedência aos clientes impactados. Além de publicações em jornais, companhia disponibiliza site com informações prévias sobre locais onde haverá o serviço.


A manutenção programada é um desligamento de energia que, ao contrário da interrupção emergencial, tem o objetivo de permitir ações de melhorias na rede elétrica e de assegurar mais qualidade e confiabilidade no fornecimento. Para não pegar os clientes de surpresa e sendo uma questão regulatória, esta ação é avisada com antecedência pela CEEE Grupo Equatorial Energia, por jornais de grande circulação ou canais de comunicação da companhia de energia. Seguindo essa premissa, a CEEE Grupo Equatorial Energia informa os locais onde ocorrerá manutenção programada com prazo mínimo de antecedência de 72h, a fim de evitar transtornos aos clientes e para que os técnicos atuem com segurança e eficiência.  

Além de jornais ou eventuais correspondências e comunicações enviadas aos clientes, a CEEE Grupo Equatorial Energia disponibiliza todas as manutenções programadas, previamente, no link: https://ceee.equatorialenergia.com.br/desligamentos-programados . 

Mais informações também podem ser adquiridas por meio dos seguintes canais de comunicação: 

- Site: https://ceee.equatorialenergia.com.br/ 

- Tel.: 0800 721 2333  

- Para falta de energia, SMS 27307, que deve ser preenchido com a palavra LUZ e o número da Unidade Consumidora (UC), encontrado no canto superior direito da fatura de energia;

- Whatsapp Clara (51) 3382-5500, para solicitar religação e informar falta de energia (basta adicionar o telefone à sua lista de contatos).

Abaixo, seguem as datas e os locais com manutenção programada para o período entre 02 e 07 de maio de 2023*: 

02/05/2023

Terça-feira

TRAMANDAÍ

PELOTAS

PORTO ALEGRE

CIDREIRA

ARROIO GRANDE

CAPÃO DO LEÃO

JAGUARÃO

HERVAL

CARAÁ

CRISTAL

RIO GRANDE

SÃO LOURENÇO DO SUL

CANGUÇU

03/05/2023

Quarta-feira

PELOTAS

TRAMANDAÍ

PORTO ALEGRE

PANTANO GRANDE

VIAMÃO

ARROIO GRANDE

IMBÉ

MOSTARDAS

PINHEIRO MACHADO

SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA

04/05/2023

Quinta-feira

PELOTAS

PORTO ALEGRE

DOM FELICIANO

BUTIÁ

MOSTARDAS

PEDRAS ALTAS

SÃO LOURENÇO DO SUL

TERRA DE AREIA

TRAMANDAÍ

05/05/2023

Sexta-feira

BAGÉ

PORTO ALEGRE

TRAMANDAÍ

ARROIO GRANDE

ALVORADA

RIO GRANDE

TERRA DE AREIA

CAPÃO DO LEÃO

PEDRO OSÓRIO

06/05/2023

Sábado

PELOTAS

ALVORADA

PORTO ALEGRE

07/05/2023

Domingo

PORTO ALEGRE

*Detalhes sobre horários e regiões de abrangência podem ser conferidos no site https://ceee.equatorialenergia.com.br/desligamentos-programados .

Dia do Associativismo

 💼 Hoje é o Dia do Associativismo!

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀


🔵 Neste dia tão importante, a ACI/CDL agradece a todos os associados que acreditam no nosso trabalho e, acima de tudo, acreditam no poder do associativismo para o desenvolvimento da região.

sábado, 29 de abril de 2023

Mocotó na Comunidade Cristo Salvador de Campos Quevedos

 


Menino admirador da Brigada Militar visita quartel em São Lourenço do Sul

Na manhã deste sábado (29/04), no quartel da Brigada Militar em São Lourenço do Sul, os policiais militares receberam a visita do menino Bernardo, de 5 anos.

O menino Bernardo é um admirador da Brigada Militar e pediu para o seu pai Diego para conhecer o quartel da Brigada Militar.

Os policiais militares apresentaram as dependências do quartel, a viatura e conversaram sobre o dia a dia do policial militar nas ruas do município.

Comunicação Social do 30° BPM - São Lourenço do Sul.

sexta-feira, 28 de abril de 2023

20 de maio o jantar baile de lançamento da 34ª Südoktoberfest

 Dia 20 de maio teremos o tradicional jantar baile de lançamento da 34ª Südoktoberfest.

😁🍻
Aquela noite super especial que a gente adora😍
Logo logo vamos trazer mais informações.🫶🏻🇩🇪


quinta-feira, 27 de abril de 2023

Grupo do CRAS Esperança realizou a plantação de mudas de árvores

 Na manhã desta quinta feira, dia 27 de abril, os participantes do grupo do CRAS Esperança - Centro de Referência de Assistência Social realizaram o plantio de mudas de árvores em homenagem aos 139 anos do Município de São Lourenço do Sul.



As mudas foram doadas pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, e  foi a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre técnicas de cuidado do solo e plantio através das orientações repassadas pela oficineira Inês Blank e estagiária da Furg Rafaela Garcia.

 A coordenadora do CRAS , Jaqueline Bergmann refere que ação mobiliza as pessoas para cuidar dos espaços públicos e promove sentimento de pertencimento e cuidado.

Cartão FETAG-RS MAIS

 O Cartão FETAG-RS MAIS é um projeto de inovação na identidade social dos associados do Sistema FETAG-RS. Este projeto tem como objetivo de trazer mais benefícios, maior economia e amplas possibilidades ao nosso quadro social.

O FETAG-RS MAIS consiste em conveniar empresas parceiras para que elas possam oferecer descontos e benefícios aos associados do Sindicato vinculado a FETAG-RS e também intuito de todos sócios de Sindicato ter o mesmo documento de comprovação de associado.

Estes convênios vão desde farmácias, centros clínicos, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios, supermercados, lojas, agropecuárias, postos de combustível, universidades dentre outros potenciais parceiros.

Sindicato de São Lourenço do Sul iniciou com o projeto no final do ano de 2022 e estamos realizando a entrega dos primeiros cartões aos nossos associados.


(Foto autorizada pelo sócio Ingomar Nornberg)

FURG-SLS participa de Encontro de Pescadoras das Lagoas Mirim, Mangueira, Patos e Peixe

Evento buscou discutir os desafios enfrentados por mulheres pescadoras e o protagonismo do seu trabalho em suas comunidades

A FURG São Lourenço do Sul (FURG-SLS) participou do Encontro de Pescadoras das Lagoas Mirim, Mangueira, Patos e Peixe. O evento aconteceu no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes de São Lourenço do Sul, no dia 19 de abril.

Promovido em conjunto pelo Instituto De Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS/Ascar), pelo Governo do Estado, pelo Círculo de Referência em Agroecologia Sociobiodiversidade Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (AsSsAN/Ufrgs) e pela colônia de pescadores/as Z8, o encontro contou com a presença de pescadoras das colônias Z1 (Rio Grande); Z2 (São José do Norte); Z3 (Pelotas), Z11 (Tavares e Mostardas) e Z43 (Tapes).

Também apoiaram o evento representantes do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul)  e da Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar). No dia da realização, a atividade contou com a presença de autoridades do poder executivo e legislativo.

Segundo a assistente técnica regional da Emater/RS, Regina Medeiros, o evento foi organizado em alusão ao mês da mulher, celebrado em março, visando valorizar a força e o protagonismo das pescadoras nas suas comunidades.

Em palestras, foram abordados temas de interesse da classe, como a falta de reconhecimento ao trabalho das pescadoras, o papel delas na defesa de territórios e as políticas públicas voltadas à pesca artesanal. A programação teve sequência com relatos de experiências e oficinas.

A pesquisadora Fabiane Fonseca, integrante Laboratório Interdisciplinar Mapeamento em Ambiente, Resistência, Sociedade e Solidariedade (Maréss) da FURG foi uma das palestrantes, abordando o tema "Filhos(as) da pesca artesanal na universidade e a defesa dos territórios tradicionais de pesca".

Natural da comunidade-território tradicional pesqueira da Barra de Pelotas, ela acessou a universidade em 2013 e desde então busca trazer a temática da pesca artesanal para a sua formação. “A fala buscou demonstrar que os filhos da pesca têm o direito ao estudo, e que acessar a universidade pode ser um instrumento para a defesa dos nossos territórios a partir da produção de dados científicos que dialoguem com as nossas demandas. Destaquei também a importância de cobrarmos que os pesquisadores que se inserem em nossos territórios em busca de dados realizem o retorno dos resultados para as comunidades”.

Na oportunidade, Fabiane salientou que algumas ameaças têm atingido os territórios pesqueiros no extremo sul do Brasil, como os projetos para instalação de parques eólicos na Lagoa dos Patos,  e ressaltou a importância da mobilização para a defesa dos direitos territoriais das comunidades. Além de impactarem a cadeia produtiva da pesca de maneira geral, essas ameaças atingem mais fortemente as pescadoras, por estarem desprotegidas legalmente.

Para a pesquisadora, a desigualdade de gênero está muito presente no contexto da pesca no que se refere à garantia de direitos, onde mulheres pescadoras enfrentam dificuldades para acessar o seguro defeso - benefício social que garante renda ao trabalhador ou trabalhadora no período em que não pode exercer a atividade pesqueira -, ou tirar a carteirinha de pesca.

“O próprio processo burocrático dificulta o acesso dessas mulheres à sua regularização enquanto pescadoras, isso é um ponto. Um segundo ponto é que o trabalho da mulher pescadora, majoritariamente aqui na nossa região, é realizado em terra, não é realizado na água. Então isso por si só já faz com que essas mulheres sejam desvalorizadas, sejam invisibilizadas enquanto pescadores e sejam frequentemente postas como ajudantes do marido, ajudantes do pai, do irmão, enfim, daquele sujeito pescador que vai ao mar. A própria noção do que é ser pescador, do que é ser pescadora, é um objeto de promoção de desigualdade aqui na nossa região”, enfatizou Fabiane.

Também presente na atividade, o diretor do campus da FURG-SLS, Eduardo Vogelmann parabenizou a organização sobre a temática. “A Emater-RS/Ascar está de parabéns por trazer e organizar um evento voltado ao público feminino, uma vez que em sua maioria as mulheres não estão nas embarcações, mas acabam auxiliando nas demais atividades em terra, sendo muitas vezes as responsáveis pela transformação e comercialização do pescado. É muito pertinente um evento voltado às pescadoras que são parte importante da atividade pesqueira”.

Eduardo ressaltou que a pesca artesanal é uma atividade que vem sendo desenvolvida há milênios, mas com o aumento das populações, enfrenta desafios. “O aumento da poluição, mudanças climáticas, ameaças de extinção de algumas espécies e redução dos estoques e volumes pescados, entre outras coisas, ameaçam a atividade. Isso torna evidente a necessidade de se pensar, planejar e discutir o futuro da atividade pesqueira e envolver os pescadores e as pescadoras”.

Secretaria de Comunicação - Secom | FURG

Dia do Sacerdote

 



Esta data homenageia uma figura que está intimamente comprometida com os valores e princípios de sua doutrina religiosa, os sacerdotes.
Os sacerdotes são considerados servos e intermediários entre a humanidade e a divindade a quem cultuam. Por isso, nem todos os dirigentes de uma religião são considerados sacerdotes, apenas intérpretes ou conselheiros dos fiéis
Seja qual for a religião, a pessoa que escolhe este caminho terá que passar por um processo de aprendizado a fim de exercer esta missão. Somente após a iniciação são aptos a praticarem alguns rituais sagrados que são típicos de suas religiões.
Na religião cristã, os católicos acreditam que os padres são sacerdotes. No entanto, os protestantes não veem seus pastores assim, pois Jesus Cristo seria o único sacerdote.
As religiões de matriz africana como o Candomblé e a Umbanda também reverenciam seus líderes como sacerdotes, pois eles são os responsáveis últimos pela comunicação entre os fiéis e os orixás.
A versão feminina dos sacerdotes é conhecida por sacerdotisa, figura que esteve presente nas mais diferentes doutrinas religiosas desde tempos primórdios.
Parabéns a todos aqueles que vivem uma vida de sacrifícios em nome da fé! 

Reunião tratou das Olimpíadas Escolares 2023

Equipe do Desporto Municipal, liderada por Felipe Lobato juntamente com Flávio Lopes e Ricardo Venske reuniram-se na manhã quarta(26) com Secretário Municipal de Educação Fabiano Bosenbecker e as Coordenadoras Fernanda e Fabrizia para estruturar o primeiro diálogo sobre as Olimpíadas Escolares de 2023. A manhã de trabalho foi proveitosa e muitos encaminhamentos tomados para a realização do evento esportivo que ocorrerá no segundo semestre.


quarta-feira, 26 de abril de 2023

Racismo religioso cresce no país, prejudica negros e corrói democracia

 

É provável que as religiões de matriz africana nunca tenham aparecido tanto na imprensa brasileira quanto nas últimas três semanas. As notícias, porém, foram todas negativas. 

Uma adolescente de 14 anos sofreu a humilhação de ser barrada na entrada da escola, em Sobradinho (DF), porque usava um colar ritualístico da umbanda. A modelo Letticia Muniz, por sua vez, foi xingada nas redes sociais e perdeu 5 mil seguidores depois de postar um vídeo do seu batismo na mesma religião.

A mãe de uma criança de um colégio de Salvador escreveu diversos ataques às religiões afro-brasileiras num exemplar do livro infantil Amoras, do rapper Emicida, que passou de mão em mão na sala de aula. Nas páginas que tratam dos orixás, ela acusou o autor de disseminar “blasfêmia” e “ideologia” de “religiões anticristãs”.

Na notícia mais rumorosa de todas, três participantes brancos do programa Big Brother Brasil, da TV Globo, ficaram aterrorizados ao ver o colega negro Fred Nicácio fazendo, antes de dormir e em silêncio, as orações do culto de Ifá. Um deles avisou que abandonaria o reality show caso Nicácio insistisse nas rezas.

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Senado, esses quatro exemplos recentes de comportamento atendem pelo mesmo nome: racismo religioso. Trata-se do ataque a pessoas negras pelo simples fato de seguirem a umbanda, o culto de Ifá ou qualquer outra religião afro-brasileira, como o candomblé, o batuque, a encantaria, a jurema, o nagô-vodun, o tambor de Mina, o terecó, o xangô e o xambá.

A violência pode se materializar de maneiras ainda mais explícitas e cruéis. Não são raros os casos de pessoas insultadas e atacadas na rua e terreiros fechados pela hostilidade da vizinhança, expulsos de favelas pelo fuzil dos narcotraficantes ou milicianos e até reduzidos a cinzas por incêndios criminosos.

O racismo religioso continuará protagonizando o noticiário nos próximos dias, já que 21 de março acaba de se transformar, por força de lei (Lei 14.519), no Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. A ideia é que a data comemorativa motive a cada ano debates, esclarecimentos e propostas de solução.

Os pesquisadores que se debruçam sobre o racismo religioso explicam que ele é um dos tentáculos do racismo estrutural, a complexa engrenagem política, econômica e social que faz dos negros brasileiros uma minoria em termos de poder, embora sejam a maioria numérica (56% da população nacional).

É por força do racismo estrutural que esse grupo tem a renda mais baixa, ocupa os piores postos de trabalho, assume poucos cargos políticos, é a maior vítima da violência, ocupa grande parte das vagas dos presídios, tem menos escolaridade, mora nos bairros mais precários, morre mais cedo etc.

Mas de que forma chamar alguém pejorativamente de “macumbeiro” ou agir sutil ou explicitamente para que sua religião desapareça ajuda a prender os negros como um todo aos degraus mais baixos da sociedade? Para responder, o babalorixá (pai de santo) Sidnei Barreto Nogueira, doutor em linguística e semiótica e finalista do Prêmio Jabuti com o livro Intolerância Religiosa (Editora Jandaíra), recorre à história do Brasil:

As origens do racismo estão no período colonial. Para justificar a escravização e a transferência forçada dos africanos para o Brasil, os europeus criaram uma hierarquia no mundo. Tudo que caracterizasse os pretos seria inferior, da cor da pele à organização social, do comportamento à produção cultural. Foi uma forma deliberada de desumanizá-los, coisificá-los. Sendo reles coisas, os pretos puderam ser escravizados à vontade, sem que os brancos carregassem o peso da culpa. Como parte desse processo, também as crenças foram hierarquizadas. A religião dos pretos, assim, não passaria de magia, superstição, idolatria, bruxaria.

De acordo com Nogueira, o sincretismo religioso típico dos escravizados não foi algo natural. Tratou-se, na realidade, de uma estratégia de sobrevivência cultural. Eles decidiram inserir elementos da crença católica nas religiões africanas de modo a não serem reprimidos e, ao mesmo tempo, manterem algo de suas culturas ancestrais. É por isso que a umbanda e o candomblé, embora tenham inúmeras características africanas, não existem na África.

O babalorixá explica que a Lei Áurea, de 1888, acabou com a separação do Brasil entre senhores e escravizados, mas não foi suficiente para eliminar a hierarquização racial:

O racismo estrutural se adaptou aos novos tempos. Os pretos continuaram sendo tratados como não humanos e sustentando aquilo que hoje se conhece como “privilégio branco”. Livraram-se dos grilhões, mas não da exploração. É por essa razão que muita gente, deliberada ou inconscientemente, enxerga as religiões de matriz africana como inferiores às religiões hegemônicas. É isso que explica hoje o racismo religioso.

A historiadora Valquíria Velasco, que nos próximos dias defenderá uma tese doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sobre o racismo religioso e oferecerá um curso on-line na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) sobre como combatê-lo, explica que a grande acusação que recai sobre as religiões de matriz africana é a de que idolatram o demônio e praticam o mal:

— A demonização dessas religiões é algo que vem desde os tempos da colonização. O estigma colou. Na realidade, não há nada mais manipulador e falso. O demônio é uma figura que não existe nas religiões afro-brasileiras. Da mesma forma que inúmeras outras religiões, incluindo a católica, as umbandas e os candomblés acreditam em Deus, são monoteístas, pregam o amor, defendem valores morais e sociais, contam com orações, cânticos, danças e oferendas e têm sacerdotes que vestem roupas especiais e celebram cultos.

Há, contudo, uma diferença importante. De acordo com a historiadora, as religiões de matriz africana não se julgam superiores, são tolerantes à diferença, não acusam as demais crenças de serem erradas e não têm o arrebanhamento do maior número possível de novos seguidores como missão.

Em sua dissertação de mestrado, também produzida na UFRJ, Velasco estudou a perseguição religiosa nas primeiras décadas da República brasileira. Ela encontrou em jornais e inquéritos policiais da época inúmeros relatos sobre terreiros que foram fechados e sobre sacerdotes e seguidores que foram mandados para trás das grades. 

O Código Penal de 1890 enquadrava quem praticava “o espiritismo, a magia e seus sortilégios” e usava de “talismãs e cartomancias para despertar sentimentos de ódio ou amor”, com pena de multa e até seis meses de prisão. Era o que bastava para transformar pais e mães de santo em bandidos.

No início do século passado, não era barato tirar fotografia. Mesmo assim, sempre que havia uma batida policial num terreiro, os jornais faziam questão de publicar alguma foto daquelas pessoas com roupas e instrumentos ritualísticos — continua a historiadora. — Tanto o poder público quanto a imprensa ajudaram a reforçar o estigma, que sobreviveu ao tempo. Hoje em dia, quando um negro aparece vestido de branco, ele é imediatamente tachado de “macumbeiro”. Quando é um sujeito de pele clara, é visto como médico.

Quando se paramentam assim e saem em público, os religiosos costumam sentir uma mistura de orgulho e medo. Em 2015, uma menina de 11 anos foi parar no hospital depois de levar uma pedrada na cabeça quando caminhava na rua, no bairro da Vila da Penha, no Rio de Janeiro. O ataque foi motivado por sua vestimenta: um vestido longo branco, um turbante da mesma cor e fios de contas no pescoço e nos braços. A jovem saía de um terreiro de candomblé. Os agressores, de um culto evangélico. Era domingo. Antes de apedrejá-la, eles levantaram suas bíblias, bradaram “Jesus está voltando” e a chamaram de “diabo”.

Valquíria Velasco discorda de quem tenta justificar o racismo religioso alegando, como atenuante, que os brasileiros têm “medo do desconhecido”. A historiadora compara:

— Quando viajam para o exterior, os brasileiros adoram tirar fotos de mesquitas, sinagogas e templos xintoístas ou budistas. Ficam maravilhados. A verdade é que essas religiões também são desconhecidas da maioria dos brasileiros, mas não provocam medo. Isso significa que no Brasil, quando se trata das religiões de matriz africana, o que de fato desperta aversão e ódio é, sem dúvida, a pele preta dos devotos.

Ela entende que a perseguição religiosa vem sendo mais discutida nos últimos tempos no Brasil por causa da reação dos movimentos negros ao governo Jair Bolsonaro, que negava a existência de discriminação racial no país, e em razão dos debates internacionais em torno do racismo estrutural levantados pelo assassinato do negro americano George Floyd em 2020. Outro fator importante, segundo a historiadora, foi a adoção da Lei de Cotas (Lei 12.711) em 2012, que levou mais negros às universidades públicas e, por tabela, ampliou os estudos científicos sobre o racismo.

De acordo com o Censo de 2010, apenas 0,3% da população brasileira diz seguir alguma religião de matriz africana. Uma pesquisa mais recente, feita pelo Datafolha em 2020, encontrou um índice maior, ainda assim baixo, de 2%. Nos próximos meses, os resultados do Censo de 2022 serão divulgados com os dados mais atuais.

Para os pesquisadores da questão, não importa o número apresentado pelas pesquisas, ele sempre será inferior à realidade. Justamente por temer o racismo religioso e suas violências, muitos negros adeptos das religiões afro-brasileiras preferem não se identificar como tais. Além disso, outros tantos têm vontade de seguir a crença de seus antepassados, mas decidem não fazê-lo em nome da própria segurança.

Um levantamento realizado pela instituição Ilê Omolu Oxum e pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) com 255 pais e mães de santo em todo o país em 2022 mostrou que 60% dos terreiros sofreram pelo menos um ataque nos dois anos anteriores. Além disso, 80% dos líderes entrevistados relataram que pessoas de suas comunidades já sofreram algum tipo de violência motivada por racismo religioso.

Em 2015, no Paranoá (DF), o terreiro de candomblé conduzido pela ialorixá (mãe de santo) Mãe Baiana foi devastado por um incêndio criminoso. Ela, que hoje tem 60 anos, lembra que até mesmo os representantes do poder público que deveriam ajudá-la agiram de forma racista na ocasião:

Quando um dos bombeiros soube que era um terreiro, ele logo anunciou que a causa do fogo foi um curto-circuito. Nem investigação fez. Esse oficial era evangélico. Eu sei disso porque ele citou Jesus várias vezes e conversou comigo mantendo distância. Toda vez que me aproximava, ele dava um passo para trás, como se eu fosse um bicho. Também tive problemas com a polícia. Uma delegacia não quis fazer o boletim de ocorrência alegando que o terreiro não ficava na sua área e me mandou para outra delegacia, que também me dispensou usando o mesmo argumento. Precisei agir com firmeza para enfim ser atendida.

O terreiro de Mãe Baiana foi reconstruído com dinheiro doado pelos seus 40 filhos de santo e por outros terreiros. Mesmo em situações corriqueiras, o poder público evita o local. Ela conta que os agentes de saúde encarregados de vistoriar os imóveis em busca de focos do mosquito Aedes aegypti simplesmente ignoram o terreiro porque imaginam que lá vão “dar de cara com o capeta”.

Eu sou obrigada a morar no terreiro — ela continua. — Preciso estar aqui o tempo todo. Sei que, se eu sair e deixá-lo sozinho por dez minutos, o terreiro vai estar apedrejado quando eu voltar. É difícil entender por que há tanta perseguição, já que somos uma religião que só prega o amor e a paz. Se fôssemos uma religião de brancos, tenho certeza que não se incomodariam conosco.

A antropóloga Ana Paula Miranda, que é professora na Universidade Federal Fluminense (UFF) e há 15 anos estuda o ataque às religiões de matriz africana, compara o racismo religioso a um iceberg, do qual a pequena ponta que emerge da água e pode ser vista a olho nu é o preconceito religioso e a grande massa que fica submersa e é não pode ser enxergada com facilidade é o racismo.

— No ataque às religiões de matriz africana, mesmo que o agressor não explicite o seu racismo, ele está lá. À primeira vista, a motivação é religiosa, mas o que está por trás é a discriminação racial. Quem pratica o racismo religioso, portanto, de alguma forma age para que o outro não exista. Nas discussões internacionais, entende-se esse tipo de ação como crime de ódio, uma classificação que surgiu motivada pelo Holocausto judaico. 

Atualmente, como parte de suas pesquisas, ela está viajando pelo país para visitar terreiros de dez capitais. Nos arredores de Brasília, o que mais lhe chamou a atenção foi a violência policial em 2021, quando vários terreiros foram revirados e até depredados na caçada do serial killer Lázaro Barbosa. Os policiais suspeitavam que ele praticasse “magia negra” e, por preconceito, associaram-no automaticamente às religiões afro-brasileiras.

Miranda lembra que a expressão que antes se usava era “intolerância religiosa” e que só bem recentemente, em meados da década de 2010, os pesquisadores se deram conta de que “racismo religioso” seria o termo mais apropriado.

Quando digo que eu “tolero” uma religião, é como se eu agisse com benevolência e permitisse a existência de algo que não deveria ou mereceria existir. E “tolerar”, do ponto de vista político, não implica a garantia de direitos. Ao mesmo tempo, “intolerância religiosa” é um eufemismo para um problema grave, uma forma de suavizar ou até esconder o racismo. A história do Brasil foi construída em cima da negação do racismo, incluindo a mentirosa ideia de que somos uma democracia racial. É por essa razão que por muito tempo não se conseguiu enxergar o racismo religioso com clareza.

De acordo com a antropóloga da UFF, a expressão “intolerância religiosa” pode ser utilizada para descrever ataques às religiões cristãs, por exemplo, cujos seguidores não se caracterizam por pertencer a nenhum grupo étnico-racial específico.

Ana Paula Miranda acrescenta que a criação de um termo para descrever uma prática que existiu por muito tempo sem nome é importante também para o Estado, que enfim consegue mapear o problema e destinar-lhe políticas públicas específicas. Foi o mesmo raciocínio que levou à adoção de termos como “trabalho análogo à escravidão”, “homofobia” e “feminicídio”.

De acordo com os especialistas, o combate ao racismo religioso precisa ser dividido em três frentes. A primeira frente é a da educação, a partir das escolas. Deve-se ensinar às crianças o respeito às diferenças e também a história da África e a cultura afro-brasileira, de modo que essas religiões sejam conhecidas e desmistificadas. Isso já é obrigatório nos colégios desde 2003 (Lei 10.639).

A segunda frente é a da representatividade. Os cultos de matriz africana precisam aparecer no noticiário, nas novelas e nos filmes com mais frequência e sem carga negativa, da mesma forma que aparecem as missas e as cerimônias católicas de casamento, por exemplo.

A terceira frente é a jurídica. Pela legislação brasileira, o racismo é crime e como tal deve ser sempre tratado. No início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma lei que equipara a injúria racial ao crime de racismo e cita especificamente o racismo religioso (Lei 14.532). O criminoso pode ser condenado a cinco anos de prisão.

Tanto a lei que transformou o 21 de março no Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas quanto a que tornou mais dura a repressão ao racismo religioso foram aprovadas pelo Congresso Nacional. No Senado, o relator dos dois projetos de lei foi o senador Paulo Paim (PT-RS), defensor histórico da causa negra. 

Aprovar e reconhecer a importância de leis como essas é uma forma de educar e orientar a nossa sociedade para um convívio ecumênico. É disso que precisamos. Não podemos tolerar mais o terrorismo religioso — diz o senador.

Paim aponta como importante na luta antirracista a recente criação do Ministério da Igualdade Racial, encabeçado por Anniele Franco. O novo ministério anunciou que criará na semana que vem, no Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas, um grupo de trabalho com representantes do governo, das religiões e de entidades da sociedade civil dedicado exclusivamente a elaborar políticas públicas de combate ao racismo religioso.

Os estudiosos advertem que, quando o racismo religioso é tolerado e prevalece, a democracia se enfraquece e corre o risco de ruir.

Às vezes me acusam de ser militante com o intuito de proteger a minha própria religião. Isso não é verdade — diz o babalorixá Sidnei Nogueira. — O que eu defendo é a liberdade de religião que está prevista na Constituição. Os brasileiros precisam poder exercer o direito de ter qualquer crença ou até mesmo crença nenhuma. Não podem deixar de professar uma fé por causa do medo. A religião não deveria ser um marcador de exclusão social.

Quando não age contra o racismo religioso, o Estado contribui para que certas religiões sejam perseguidas e outras sejam impostas às pessoas. Há quem justifique isso alegando que a democracia é o regime em que a maioria manda. Isso é uma deturpação. Na realidade, a maioria apenas elege um grupo político, que precisa governar também para a minoria e garantir os seus direitos. Isso, sim, é democracia — acrescenta a antropóloga Ana Paula Miranda.

A sociedade que é racista e não abre espaço para a diversidade é necessariamente violenta. Os indivíduos que assistem passivos à perseguição de minorias podem imaginar que aquilo não os afeta. Esse ambiente, no entanto, torna-se propício à perseguição de vários outros grupos no futuro, e inclusive aqueles que se acham blindados podem de uma hora para a hora se tornar o novo alvo. Numa sociedade excludente, todos são potencialmente vulneráveis — conclui a historiadora Valquíria Velasco.

Ricardo Westin

Publicado em 17/3/2023

Fonte: Agência Senado

ABF Futsal parabeniza São Lourenço do Sul por seus 139 anos de emancipação

 Parabéns São Lourenço do Sul! 

❤️💙🤍

❤️🖤

Homenagem aqueles que fizeram e fazem a bela São Lourenço do Sul

Na data de emancipação política em que o município faz 139 anos, nada melhor do que relembrar e homenagear os valentes, que fizeram e fazem, a partir de seus descendentes, a São Lourenço do Sul atual, representando o Trecho do Hino.

* Foto de Colonos abrindo Picadas em nossa Colônia (data desconhecida, provavelmente anterior a 1900)


Informações - SLS LIVRE

Conjunto Pandia e Vista aérea de SLS



Aniversário do Município: Banda Sul Brass homenageia São Lourenço do Sul

 

Parabéns São Lourenço do Sul! 🎈🎉
139 anos de história!


Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de SLS homenageia o município por seus 139 anos

 


Gouvêa Veículos Homenageia São Lourenço do Sul por seus 139 anos de emancipação política

 


CÂMARA FAZ HOMENAGEM PELO ANIVERSÁRIO DO MUNICÍPIO DE SÃO LOURENÇO DO SUL

 

“Em tuas praias serenas

Onde acenam coqueirais

Meu brado forte ecoa:

Te exalto cada vez mais,

Minha "Pérola da Lagoa”.

Com estes versos do Hino Oficial de São Lourenço do Sul, a Câmara Municipal parabeniza o Município pelos 139 anos comemorados hoje, dia 26 de abril.

26 de abril de 2023: São Lourenço do Sul completa 139 anos de emancipação política

Hoje, 26 de abril de 2023, a cidade de São Lourenço do Sul completa 139 anos de emancipação política.  Com uma natureza exuberante, um povo acolhedor e trabalhador, conquistas notáveis ​​e uma história rica em cultura e tradição.

Localizada na região sul do estado do Rio Grande do Sul, São Lourenço do Sul é uma cidade que se destaca pela sua beleza natural. Com uma vasta área rural e banhada pela lagoa dos Patos, a cidade conta com inúmeras atrações turísticas, como cachoeiras, praias de água doce, trilhas ecológicas e esportes radicais.

Ao longo dos anos, a cidade vem conquistando marcos importantes em diversas áreas, como turismo, educação, saúde, cultura e esporte. 

A cidade também se orgulha de seu rico patrimônio histórico e cultural. São Lourenço do Sul é conhecida pela sua colonização Pomerana e cultiva suas raízes até os dias atuais.

Enfim, São Lourenço do Sul é uma cidade que merece ser celebrada em seus 139 anos de emancipação política. É uma cidade que enche os olhos de quem a visita e o coração de quem tem o privilégio de viver nela. Parabéns, São Lourenço do Sul!

NovaNet homenageia São Lourenço do Sul por seus 139 anos

 Parabéns por tantos anos de história! Temos orgulho de participar de tantos momentos especiais.


ACI/CDL parabeniza São Lourenço do Sul por seus 139 anos

 


terça-feira, 25 de abril de 2023

33° Fritz Jantar

 


Brigada Militar de Turuçu prende duas pessoas por receptação

Na manhã desta terça-feira (25/4), na rua Albino Blank, em Turuçu, a Brigada Militar prendeu uma mulher, de 41 anos, e um homem, de 23 anos, por receptação.

Os policiais militares receberam a informação sobre a localização de uma balança industrial que havia sido furtada de uma cooperativa de reciclagem em Turuçu.

A balança foi localizada em um estabelecimento comercial de reciclagem.

A mulher e o homem foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para as providências cabíveis.

Comunicação Social do 30° BPM - São Lourenço do Sul

Texto e imagem: 30°BPM

SESSÃO ORDINÁRIA COM HOMENAGEM À EMPRESÁRIA E FARMACÊUTICA REJANE MARIA SPECHT


Na última segunda-feira (24) tivemos a sessão ordinária nesta Casa Legislativa. No espaço da Tribuna Popular foi realizada homenagem à empresária e farmacêutica Rejane Maria Specht com entrega de uma placa pela conquista do Prêmio Nacional de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas recebido em Brasília em 2016, proposta pelos Vereadores da época, Carlos Antônio Becker Lessa e Dari Pagel. E pelos 40 anos de atividades da Farmácia Nativa com potencial inovador em manipulação de medicamentos e drogaria, gerando empregos e desenvolvimento ao Município, comemorados este ano, numa proposição do Vereador Emerson Pieper. 


Em seu pronunciamento, Rejane contou sua trajetória profissional e seu reconhecimento à família, colaboradores e toda comunidade Lourenciana. 

Estiveram presentes prestigiando a empresária, o Prefeito Municipal Sr. Rudinei Harter, Sr. Dari Pagel, Sr. Carlos Antonio Becker Lessa, representantes da ACI, Conselho Regional de Farmácia, Associação Gaúcha de Varejo, familiares, colaboradores, comunidade e a Banda Monsenhor Gautsch que encerrou a homenagem tocando parabéns e uma música para a Sra. Rejane Specht.

Vaga para empregada doméstica