sábado, 18 de abril de 2015

Federação de Santas Casas e Filantrópicos terá Dia D

Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de gestão estadual - são em torno de 130 instituições no Estado - poderão paralisar atendimentos eletivos prestados pelo SUS (desde consultas até procedimentos e cirurgias) no próximo dia 6, o chamado Dia D de mobilizações do setor.

É o que defende a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, depois de haver constatado ontem, que dos R$ 70 milhões normalmente pagos pela chamada produção (atendimentos) de média complexidade, foram disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) só R$ 34 milhões. Já a SES informou que o Estado recebeu e repassou durante a semana aos hospitais R$ 54 milhões, e que nenhum valor ficou retido ou foi usado para outra finalidade.

De acordo com a SES, esses recursos federais (valor fixo e com teto-limite) não cobrem toda a produção contratualizada com os hospitais. "Ou seja, nos últimos anos, a Secretaria se comprometeu com verbas além da sua capacidade orçamentária, fato esse que a gestão atual está buscando equacionar", ressalva, em nota. A SES acrescenta que desde janeiro o Estado vem complementando esses repasses e que neste ano foram suplementados R$ 41 milhões em recursos estaduais. "Assim, a SES pagou os contratos na sua integralidade", acrescenta.
Na imagem, o hospital de São Lourenço do Sul.
foto: Augusto Pinz

Dia D
O Dia D já estava na programação de atividades dos hospitais, nos municípios. A Federação pedirá na segunda-feira que além dessas ações, haja a paralisação. E para o dia 15 a entidade prevê um Dia D Estadual, com mobilização junto ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.

Por meio de nota, o presidente da Federação, Francisco Ferrer, afirmou que a situação já era crítica e fica pior. Ele lembra que as Santas Casas e Filantrópicos trabalham, desde janeiro, com corte de R$ 25 milhões mensais que eram pagos em cofinanciamento, acordado entre o setor e o governo. Conforme ele, há atrasos ainda de 2014 no valor de R$ 132,6 milhões também sem previsão de pagamento. "O que estávamos evitando, que é a desassistência à população, está se tornando o cenário mais plausível", lamentou.

Diário Popular

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