A Gestão Central da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) traz a público sua situação orçamentária a partir da Sanção do Orçamento que ocorreu no final da última semana. Até a sexta-feira passada a UFPel tinha recebido aproximadamente o valor de custeio referente a apenas um mês de suas despesas, mesmo estando no final do quarto mês do ano.
A Lei Orçamentária sancionada para 2021 traz um corte para as Universidades Federais que representa para a UFPel receber recursos de custeio representando 75,59% daqueles recebidos em 2019, ano que foi concluído sem déficit pela instituição. Ou seja, um corte de 24,41% nos recursos financeiros utilizados para as despesas fixas com energia elétrica, os contratos de limpeza, portaria e manutenção, a aquisição de insumos para aulas, o pagamento das assinaturas das bibliotecas eletrônicas, entre outras.
O ano de 2020 foi atípico e sem as atividades presenciais. O orçamento do ano passado, apesar de ser 4% apenas menor que o de 2019, permitiu que a Universidade terminasse o ano também sem déficit.
Além disso, os recursos com o corte foram repassados em apenas 40,1% de sua totalidade. Esta totalidade depende de nova aprovação do Congresso e não tem previsão para ocorrer neste momento. Atualmente, portanto, temos recursos para honrar nossas despesas aproximadamente até o final de maio.
Entendemos que a não realização de atividades presenciais neste primeiro semestre pode acarretar numa diminuição de despesas. A economia com energia elétrica é uma delas. No entanto, imaginamos que um eventual retorno no segundo semestre pode trazer novos custos, considerando a situação da pandemia e as medidas que podem se fazer necessárias para viabilizar a segurança sanitária da comunidade.
Com isso, considerando os diferentes cenários, em que se receba os 59,9% condicionados em junho, estimamos um déficit no final deste ano entre R$ 10,5 milhões e R$ 21 milhões. Em outras palavras, a Universidade não poderá cobrir todas as suas despesas de custeio a partir do mês de outubro, provavelmente.
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