Belas paisagens, terras férteis e água em abundância. Tudo aquilo que encantou os primeiros habitantes de São Lourenço do Sul e fez seu desenvolvimento, ainda hoje é a base econômica do Município.
A pecuária dos portugueses foi a primeira atividade econômica local no século XVIII, quando a coroa portuguesa distribuía terras para militares que se destacaram na guerra contra os espanhóis. O coronel José Antônio de Oliveira Guimarães foi um dos militares que recebeu terras, onde se dedicou à pecuária. Visionário, também foi ele quem doou áreas para a colonização, firmou contrato com o prussiano Jacob Rheingantz em 1857, para que buscasse na Europa imigrantes para cultivarem as terras doadas.
Desta forma, os primeiros 88 imigrantes vindos da Alemanha, a maioria da Pomerânia, chegaram em 18 de janeiro de 1858 e, poucos anos depois, já eram mais de cinco mil alemães. Foi assim que além da pecuária, o território ganhou também a agricultura e um desenvolvimento que aliou a produção do campo aos benefícios oferecidos pela riqueza hidrográfica. O Município tornou-se o maior produtor de batatas inglesas da América Latina no século XIX e o porto onde a produção era escoada, na mesma época, tornou-se o maior de navios veleiros no Brasil, exportando principalmente para Montevidéu e a então capital brasileira, Rio de Janeiro.
O constante desenvolvimento fez a freguesia do Boqueirão ser emancipada de Pelotas em 26 de abril de 1884. Porém, a sede do Município só passou para a área próxima do Arroio São Lourenço em 15 de fevereiro de 1890. O status de cidade foi alcançado em 31 de março de 1938 na zona onde ainda hoje está a área central da cidade.
Estas terras também foram palco de muitas batalhas no século XIX, devido à Revolução Farroupilha. A Fazenda do Sobrado, localizada nas margens do Arroio São Lourenço e próxima a Lagoa dos Patos, serviu de refúgio para Giuseppe Garibaldi, além de ser usada como quartel-general por Bento Gonçalves durante as batalhas contra o Exército Imperial. É uma prova testemunhal destes fatos preservada até hoje.
A força do campo e as possibilidades hidrográficas que emanciparam o Município são as mesmas características que ainda hoje mantêm a economia local. O campo é responsável por 60% do Produto Interno Bruto (PIB), principalmente com as culturas de fumo, milho, arroz e soja. Pecuária de corte e de leite, além de outras várias culturas de agricultores familiares e a crescente produção orgânica completam a riqueza do campo.
A segunda importante força do PIB atual vem da indústria, do comércio e dos serviços. Já o turismo, motivado principalmente pela Lagoa dos Patos, completa a economia e se fortalece cada vez mais. Os mananciais também são importantes para pescadores e a produção naval nos tradicionais estaleiros às margens do Arroio São Lourenço.
Assessoria-Geral de Comunicação, Secretaria Especial de Gabinete
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