quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Luta contra a mineração foi pauta nesta terça-feira

Na manhã desta terça-feira (1) o prefeito Rudinei Härter recebeu em seu gabinete, representantes da União Pela Preservação - UPP Camaquã, Furg, Movimento Ambientalista Verde Novo e Movimento Negro de São Lourenço do Sul.  

O encontro teve como principal pauta a luta em defesa da vida, da manutenção da sua atividade econômica, baseada na produção de alimentos, e contra a atividade mineraria de cunho absolutamente extrativista, de curtíssimo prazo, com pífia geração de empregos e renda e com altíssimo potencial poluidor.

 O grupo expôs os impactos que o projeto de mineração pode causar a região, e entregou ao prefeito uma carta solicitando o seu engajamento na causa, e uma camiseta do grupo. 

 Rudinei posicionou-se contra a mineração, e confirmou o seu apoio ao grupo, trazendo a pauta para debate também em outras lideranças da região.  O grupo também convidou para fazer a leitura da carta dos prefeitos da Costa Doce na Câmara de Vereadores, onde se pretende ter um espaço para que haja também leitura da carta dos movimentos sociais e comunidade acadêmica.

Sobre a mineração no Rio Camaquã

O prefeito Rudinei Härter, junto ao movimento UPP, é contra a instalação de uma mina de chumbo, cobre  zinco às margens do Rio Camaquã na região das Guaritas, o rio é a principal artéria da região da campanha e percorre aproximadamente 450km.  Com o desenvolvimento deste projeto, o Rio está ameaçado de morte, assim como, as regiões costeiras, seus habitantes, vegetais e animais.

Segundo a Dra. Soraya Malafia Colares,  a contaminação por metais pesados, como o chumbo, representa um enorme risco à saúde pública, pois são materiais  difíceis de serem eliminados e se acumulam no organismo. “Este metal por ser biocumulativo e persistente, produz efeitos sobre muitos processos bioquímicos; afeta a síntese da Heme, o sistema hematopoiético e a homeostase do cálcio, interferindo em processos celulares. O chumbo confunde o corpo, que o trata como se fosse cálcio e o metal acaba se acumulando nos ossos, além disso, o chumbo interfere na comunicação das células nervosas, nas concentrações musculares e nos hormônios” afirma Colares.   Dentre todos estes riscos, as crianças ainda são as mais vulneráveis aos efeitos do chumbo por alterações  neurológicas, metabólicas e cognitivas. A encefalopatia é um dos graves efeitos tóxicos do chumbo em adultos e crianças, levando a alterações psicológicas e neurocomportamentais. Também há danos sobre o sistema nervoso periférico, afeta os rins com disfunção tubular renal reversível, e nefropatia intersticial irreversível, efeitos gastrintestinais, afeta o sistema reprodutivo masculino, nas mulheres atravessa a barreira placentária podendo causar danos e comprometendo a viabilidade e desenvolvimento fetal.

  A agricultura também será prejudicada, visto que os vegetais e animais que ficarem em regiões próximas, se não houverem contaminação ( o que é o maior risco), provavelmente sofrerão um certo preconceito do mercado comprador.(DECOM)

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