Foi protocolado o pedido de criação da Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária na Assembleia Legislativa. De acordo com o proponente, deputado Zé Nunes (PT), 28 parlamentares foram signatários da iniciativa, que pretende promover debates, estudos e políticas para a valorização das experiências existentes, além estimular novos projetos e contribuir na construção de um ambiente socialmente sustentável e na consolidação de uma cadeia produtiva no Rio Grande do Sul. O documento aguarda chancela da Mesa Diretora da Casa, o que deve ocorrer já na semana que vem, para, logo em seguida, ser instalada e iniciar suas atividades.
Para Zé Nunes, que coordenou a Subcomissão que tratou o tema na Assembleia, a economia solidária é a opção pelo desenvolvimento de empreendimentos econômicos pautados nos princípios da solidariedade e da cooperação. “A materialização destas alternativas de enfrentamento da situação de vulnerabilidade social não se faz de maneira individual, mas através da organização dos empreendimentos para a construção de um projeto coletivo, voltado para a geração de trabalho e renda e a melhoria da qualidade de vida dos seus integrantes”, defende.
O Rio Grande do Sul, com mais de um século de tradição cooperativista, foi o primeiro Estado Brasileiro a implementar políticas públicas de economia solidária. Atualmente o RS envolve mais 269 mil trabalhadores/as (52% em grupos informais) em mais de dois mil Empreendimentos Econômicos Solidários de serviços, produção, trocas, redes e cadeias, comércio justo e consumo solidário. A economia popular e solidária implica em um aprofundamento na organização da sociedade civil. Cabem às políticas públicas fornecerem as condições para que a auto-organização livre dos produtores e consumidores possa ser efetivada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário