No último sábado (06/05/2017) foi preso na cidade de Pozo Azul, Argentina, CELSO GILMAR VAZ (41 anos de idade), conhecido como "ARGENTINO", o qual é acusado de ser um dos três autores do LATROCÍNIO (matar para roubar) de PAULO KOHN, na localidade de Coxilha Alta, próximo a casa comercial de Nelson Bartz.
RELEMBRE O CASO:
Por volta das 23hs da noite de 10/10/2010 três indivíduos armados invadiram a residência onde Paulo Kohn morava com sua mãe Nelda Franz Kohn, pessoas muito queridas na sua região. Após anunciarem o assalto, desferiram disparos de arma de fogo que vitimaram PAULO.
A investigação instruída pela Delegacia de Polícia de São Lourenço do sul identificou os três autores, sendo o argentino Celso Gilmar Vaz, e os brasileiros Marcos Daniel de Oliveira Schmidt e Claudionor Ieck Contreira.
Marcos Daniel foi preso em 09/09/2011 e Claudionor foi preso em 04/09/2011, sendo que os dois foram condenados a 20 anos de reclusão pelo crime. Marcos Daniel cumpre pena até hoje e Claudionor morreu em 15/11/2013, durante o cumprimento da pena.
CELSO GILMAR VAZ havia fugido para seu país natal e seu nome foi lançado na lista denominada "DIFUSÃO VERMELHA" da INTERPOL, como procurado internacionalmente.
No último sábado sua trajetória de fuga foi interrompida quando foi preso por agentes de segurança argentinos da Polícia de Misiones.
LEIA ABAIXO O TEXTO TRADUZIDO DO JORNAL ARGENTINO "EL DIÁRIO DE MISIONES" SOBRE A OPERAÇÃO POLICIAL DA PRISÃO:
“Argentino” (41) é de São Pedro e, se escondeu debaixo da cama. Estava foragido desde 10 de outubro de 2010, acusado de ultimar com dois disparos, comerciante no RS.
Poço Azul: Como se faz para viver quase sete anos foragido da Justiça? A pergunta requer uma resposta quase cinematográfica. Entretanto nem o melhor roteiro Hollywoodeano poderia retratar em detalhes como fez um missioneiro para permanecer durante todo esse tempo, oculto das autoridades, de um crime que cometeu de outubro de 2010, em Brasil. Ontem, finalmente foi preso em Poço Azul, quando tentava ocultar-se da Policia debaixo da cama de sua sogra. Foi um final de comédia para uma história que, realmente não tem nada de risos e, sim muito sangue e terror.
Oriundo de São Pedro, de 41 anos, o missioneiro ganhou a alcunha de “el argentino”, por seus comparsas brasileiros do mundo do crime, asseguram fontes do vizinho país.
A PRIMEIRA “EDICION” tem várias contas pendentes. Entretanto, a mais grave e que determinou sua prisão, foi um fato que comoveu o Rio Grande do Sul, ocorrido na noite de 10 de outubro de 2010.
Próximo das 23 horas, “ARGENTINO” e dois comparsas, chegam num comércio na Coxilha Alta, em São Lourenço do Sul, com 45 mil habitantes, localizada a 200 km de Porto Alegre, capital gaúcha.
Do expediente, surge que o trio surpreendeu no local, Paulo Kohn, 49 anos e a sua mãe. Um dos acusados apontou ao comerciante, com o revólver.
A mulher se desesperou e tentou salvar seu filho. Foi ai, que Kohn, recebeu dois disparos na perna esquerda. O destino do homem estava “selado”, os projeteis lhe perfuraram a artéria femural, razão pela qual sofreu uma hemorragia interna que lhe provocou a morte, segundo os médicos que realizaram a autopsia.
Quanto valeu a vida de Kohn? Apenas cem reais e um telefone celular. Pouco e nada. Entretanto, esse aparelho aportou os primeiros dados, de uma investigação que a recém começou a resolver-se um ano depois. Acontece que na fuga, os malfeitores usaram o telefone da vitima para falar com conhecidos e parentes. Foi um erro fatal. Por meio de escutas das chamadas, as autoridades brasileiras identificaram e prenderam o primeiro dos suspeitos, em 16 de setembro de 2011, próximo ao local do crime. A pouco tempo, graças a essa tecnologia, caiu o segundo co-autor do crime. Foi na quinta-feira, 6 de outubro de 2011 e, ali começa o “chamativo” (interessante) esse suspeito foi preso em Dionisio Cerqueira, na fronteira seca, que divide, ou une, Brasil e Argentina. Mais precisamente, Missiones.
Desde então, a suspeita foi de que, “argentino” tinha feito (caso) de sua alcunha e origem e voltou ao pais. Entretanto, seu rastro foi perdido e, não foi mais visto pelos detetives.
Dias atrás, informações obtidas pela Policia Federal Argentina-Interpol e, da Terceira Unidade Regional, localizaram o único foragido que tinha essa causa no Brasil. Estava em Poço Azul, na casa de familiares.
Esses dados foram confirmados próximo das três horas de ontem, no km 48 da Estrada Provincial 17, em Poço Azul, a 65 Km de Bernardo Irigoyen. Numa casa localizada a 100 metros do asfalto, finalmente “ARGENTINO” não teve escapatória. Foi surpreendido debaixo da cama de sua sogra, tendo oferecido tenaz resistência, porém não teve mais escapatória.
Sobre “ARGENTINO” pesam diversos delitos e, é considerado perigoso, tanto que ainda não havia sido detido e continuava foragido, lhe disse em 2011, a Justiça Brasileira uma testemunha do caso, segundo consta no expediente.
Ontem, finalmente, lhe acabou essa sorte.
Tradução: Pablo Machim
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