sábado, 11 de junho de 2016

12 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DE COMBATE AO TRABALHO INFANTIL

Em 2016, o tema da campanha para nortear as pautas a serem debatidas sobre o trabalho infantil é: “Não ao trabalho infantil na cadeia produtiva”. O tema trata especificamente da cadeia produtiva, que é uma atividade que envolve a produção e a comercialização de produtos em todas as suas etapas produtivas, as quais são realizadas por muitas empresas, desde as pequenas até as maiores, que são as responsáveis pela comercialização.

A diretora de Diretos Humanos e Cidadania da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noêmia Porto, diz que essa data é permanente no calendário sobre a luta contra o trabalho infantil no Brasil. A Lei 11.542/2007, no Brasil, é uma marca no país para dizer não ao trabalho infantil. 

Uma parte do setor têxtil, no Brasil e no mundo, há empresas (até famosas) que usam trabalho infantil na cadeia produtiva. Outro setor que usa o trabalho infantil, além do vestuário, é a construção civil, onde crianças de 10 a 17 anos são usadas com mão-de-obra. 

A campanha de 2016 alerta para os problemas relacionados à cadeira produtiva que, muitas vezes, esconde o trabalho infantil.

No Brasil, estima-se que cerca de 13 milhões de crianças trabalham em todo o território nacional e, para piorar, no trabalho informal, sem nenhum tipo de registro, o que dificulta ainda mais quantificar o número de crianças nessa situação.

A juíza ressalta que a exploração do trabalho infantil ocorre na cidade e no campo e não há uma região específica onde as crianças sejam mais exploradas.

Há um mito na sociedade brasileira de que o trabalho dignifica a criança, mas, na maioria dos casos, as crianças são exploradas. Há contratos camuflados de aprendizado que, na prática, são um instrumento para usar a mão-de-obra infantil como se fosse um vínculo de trabalho.

Uma sociedade que aceita o trabalho infantil consente com a reprodução da pobreza e da desigualdade. A sociedade deve denunciar as empresas que usam de mão-de-obra infantil e escrava e evitar comprar os produtos comercializados por elas.

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