quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Caixa Econômica Federal sinaliza relação continuada de trabalho para eficiência energética

A Subcomissão da Energia Elétrica da Assembleia Legislativa, coordenada pelo deputado estadual Zé Nunes (PT), promoveu, nesta quarta-feira (23), reunião para discutir o mercado de crédito para o setor, com a participação de representantes da Caixa Econômica Federal. Implantar linha de crédito específica para sistemas de geração de energia renovável e ampliar as redes elétricas para que os pequenos produtores consigam utilizar seus equipamentos foram as principais propostas apontadas, e que serão retomadas em outros encontros da subcomissão com a empresa. “O tema do financiamento tem sido recorrente em todas as reuniões da Subcomissão. A ampliação do crédito é fundamental para superar os gargalos do setor e atingir o grau de qualidade energética necessária para o desenvolvimento dos pequenos municípios e das áreas rurais”, disse Zé Nunes.


O gerente regional da Superintendência de Grandes Empresas, Infraestrutura, Energia e Telecomunicações da CEF, Fernando Ciotti, apresentou as linhas de financiamento oferecidas pela instituição, ressaltando que o banco financia toda a cadeia produtiva, da geração à distribuição, e atende empresas públicas e privadas. A operação de recursos entre Caixa e Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para financiamento de máquinas e equipamentos, segundo ele, é uma das modalidades mais procuradas.

A Caixa atua também no mercado de capitais, resgatando notas promissórias (operações curtas) e debêntures (em financiamentos com prazos até sete anos) e por meio do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, voltado para concessionárias com larga atuação no mercado.

Para financiar investimentos, a CEF dispõe, conforme Ciotti, do Fundo de Investimento em Infraestrutura do FGTS (FI-FGTS), modalidade na qual o banco participa do projeto como acionista, “gerando as condições para a concretização do investimento”. Há disponível também o Financiamento à Infraestrutura e Saneamento (Finisa), destinado a projetos de saneamento ambiental, energia, transporte, logística, lastreado com recursos Caixa, próprios ou captados pelo banco no mercado de capitais nacional ou internacional.

A novidade para o setor, segundo o gerente regional, é a parceria firmada entre o Brasil e a Alemanha para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética. Por meio do acordo selado entre os governos dos dois países, o banco alemão KFW repassará recursos à Caixa para financiar projetos que reduzam o consumo de energia pelas empresas brasileiras. “A parceria está em fase de implantação. Esperamos contratar, até dezembro, a primeira operação. E um projeto do Rio Grande do Sul está sendo analisado para o enquadramento nesta linha”, revelou.

O gerente de Clientes e Negócios da Superintendência de Governos e Judiciário da Caixa, Lúcio Loguercio falou do papel da empresa como banco público, que, segundo ele, é uma espécie de braço do governo federal.  “Há uma estrutura dedicada a fazer a interlocução com os Poderes, trazendo melhoria no atendimento do setor. Queremos solidificar esta atuação, fazendo com que as demandas tenham alternativas e até alterações nas ferramentas que disponibilizamos para incremento de negócios”, explicou.

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