terça-feira, 12 de maio de 2020

Ex-prefeito pública texto sobre recursos da UTI da Santa Casa

A VERDADE SOBRE OS RECURSOS DA UTI DA SANTA CASA

Lamento que nesse momento em que a humanidade enfrenta uma desafiadora crise existencial, algumas pessoas movidas por propósitos políticos, queiram trazer inverdades, confundindo a opinião pública, gerando mais angústia, medos e depressão em nossa comunidade.

 A fim de contribuir com a verdade e a bem de informar nossa comunidade pela qual sempre nutri enorme respeito, resolvi produzir esse texto sobre os recursos captados e transferidos por Lei Municipal para a Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul a fim de iniciar a construção da obra física do prédio da Unidade de Terapia Intensiva - UTI.

- Inicialmente cabe considerar que conforme posicionamentos da Direção da Santa Casa, o valor destinado à Obra da UTI naquela instituição foi aplicado nos fins da Santa Casa, no caso em Saúde, aplicando no bem maior que era o atendimento à Saúde Pública Hospitalar, dada a circunstância de encerramento de atividades da Santa Casa.

- A dinâmica de repasses de recursos foi legalmente observada, no entanto, há uma peculiaridade que diferenciava tanto o projeto elaborado e a captação dos recursos para a obra física do prédio da UTI na Santa Casa.
O projeto arquitetônico e estrutural não foi elaborado e apresentado pelo Município (setor técnico e projetos à época), mas sim, pela própria Santa Casa, que apresentou o projeto técnico – descritivo que fez protocolar junto à Secretaria Estadual da Saúde – via 3º Coordenadoria Regional de Saúde o Processo Administrativo Estadual nº 9287 – 20.00/14 -3, como proponente a Santa Casa de São Lourenço do Sul.

- Sempre tratamos a Santa Casa como prioridade, o Município foi alternativa ao recebimento e repasse dos recursos destinados à Santa Casa. Os recursos então foram repassados ao Município que via a Lei Municipal nº 3.516/2014, os repassou a Santa Casa conforme convênio aprovado e recibo de repasse. Não há qualquer irregularidade ou ilegalidade, muito menos ato ilícito na captação e no repasse dos recursos à Santa Casa, pois os procedimentos foram realizados via convênio do Município com o Estado do Rio Grande do Sul, através do processo administrativo estadual nº 046808-20-00/14-4, e repassados à Santa Casa também via convênio aprovado pelo Poder Legislativo Municipal através da Lei Municipal nº 3.516, de 24 de julho de 2014.

Os recursos foram CORRETAMENTE REPASSADOS e estavam sendo aplicados na construção da estrutura física do prédio da UTI.

- A Santa Casa no demonstrativo do resultado exercício 2014, registra o ingresso da receita, bem como, nos exercícios subsequentes o balanço patrimonial e movimentação financeira da mesma evidenciam a disponibilidade de recursos para a execução da obra da UTI.

- Na época, a informação que a Santa Casa repassava dava conta de que não havia como iniciar a construção sobre o pavimento superior do prédio do pronto socorro como projeto fora aprovado sem fazer obras estruturais e de acesso ao prédio a ser construído. Nesse sentido, a foto ilustrada da página da revista informativa de nossa gestão trazia a informação de que as obras estavam em andamento, haja vista que aquela estrutura física em construção sobre o corredor que dá acesso ao pavimento superior do pronto socorro era já parte das obras acessórias da construção para a UTI. Isto é, não havia como construir o prédio da UTI de forma isolada do todo do complexo da Santa Casa, eram necessárias obras auxiliares para dar acesso ao prédio a ser construído. Essa eram as informações repassadas pela Direção da Santa Casa e dessa forma ilustrada na informação veiculada na revista informativa.

- A própria publicação da Santa Casa no final do ano de 2016, da conta dessa informação através de jornalista que hoje de forma indireta ou direta faz parte da gestão municipal com os seguintes termos:

 “EXPECTATIVA PELA UTI”
 “A comunidade lourenciana e também a direção da Santa Casa aguardam com expectativa a continuidade das obras da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O presidente da instituição, José Ney Pereira Lamas, revela perspectivas de reinício das obras a qualquer momento. A Santa Casa recebeu do Governo do Estado $ 1.093 milhão para a construção da unidade com dez leitos adultos, entre outras dependências. As obras começaram em 2015, no entanto, foram paradas devido a necessidade de adequações em projetos elétricos, hidráulicos e de esgoto. O trabalho esta sendo feito de forma voluntária pela arquiteta Lourdes Schneid e o engenheiro Ivan Gorniak e deve ser concluído neste final de ano. Lamas revela que assim que os projetos foram concluídos as obras serão retomadas. Sua expectativa é de que a estrutura física esteja concluída em meados de 2017. Depois, iniciará o trabalho de busca por recursos para instalação dos equipamentos e formação de equipe profissional.”

- Em todas as edições anuais das revistas informativas das obras e ações da Administração Municipal nunca foi dito que a obra estava concluída, mas em andamento. Até o encerramento do exercício do meu mandato como Prefeito as obras estavam em andamento. O que não foi iniciado, e nem poderia ser pelas informações repassadas pela Santa Casa, foi a obra principal do prédio da UTI, a qual aguardava conclusão das obras estruturais e acessórias para execução daquela.

Portanto, ao contrário do que afirma o atual gestor municipal OS RECURSOS FORAM REPASSADOS DE FORMA CORRETA E AS OBRAS ESTAVAM EM ANDAMENTO.

-  OS RECURSOS ingressaram em conta da instituição conveniada SANTA CASA e segundo informações repassadas por essa instituição à Câmara de Vereadores e pelo Poder Executivo Municipal, conforme às solicitações realizadas nos anos de 2018 e 2019:

 - Em 19/11/2018, preposição do Vereador Jonatã Harter (PDT), solicita informações ao Poder Executivo em relação aos repasses de recursos para UTI da Santa Casa, ao que pelo ofício nº 052/2019 – SEG/GP, de 04 de fevereiro de 2019:

“Informamos que o valor repassado pelo município para a Santa Casa de Misericórdia foi de R$ 1.093.430,00 (um milhão, noventa e três mil, quatrocentos e trinta reais) através do empenho nº 12557/14, embasado pela Lei Municipal nº 3.516/14. Em função da Santa Casa não possuir as negativas para recebimento direto”.

 - Em 20/02/2019, o vereador Rodrigo Seefeldt (PT), faz novo pedido de informações ao executivo a respeito da documentação existente no Município referente a obra da UTI. Ao que em resposta via ofício nº 206/2019, 23/04/2019, no corpo das informações consta:
“Em 16 de junho de 2014 o município recebeu do Governo do Estado, o valor de R$ 1.093.930,00 (um milhão, noventa e três mil, novecentos e noventa e três reais), para a construção de uma UTI na Santa Casa de São Lourenço do Sul.”

“A Lei nº 3.516 de 24 de julho de 2014, autorizou o Poder Executivo a transferir o referido recurso para aquela instituição (anexo I).”

“O recurso foi transferido após firmatura do Convênio datado em 06 de agosto de 2014 (anexo II).”

“O recurso de R$ 1.093.930,00 (um milhão, noventa e três mil, novecentos e noventa e três reais), foi pago conforme recibo (anexo IV).”
 “O prazo do Convênio foi de 12 meses, podendo ser prorrogado.”

“Recebemos da 3º CRS o ofício nº 449/2017 solicitando informações sobre a licitação da obra na Santa Casa (anexo V).”

 “Na mesma data enviamos oficio nº 306/2017, a direção da Santa Casa solicitando informações sobre o andamento da obra (anexo VI).”

“Em 20 de dezembro de 2017, recebemos o ofício nº 270/2017, assinado pelo Presidente da Santa Casa que informa estar à obra parada por falta de projeto complementares (anexo VII).”

“Na data de 04 de dezembro de 2018, o prefeito Rudinei Harter protocolou junto ao Ministério Público, informando o ajuizamento, proposto pela Procuradoria Geral do Município, de ação Cível Pública de Ressarcimento ao Erário por Ato de Improbidade Administrativa. A ação é contra gestores do convênio à época, quanto à aplicação dos recursos para a construção da UTI Santa Casa.” .

- Em 14/02/2019, o Vereador Rodrigo Seefeldt (PT), encaminhou ofício à Santa Casa solicitando informações a respeito da aplicação dos recursos para construção da UTI, ao que foi respondido pelo ofício nº 60/2019, de 18/02/2019, assinado pelo Presidente da mesma, cópias em anexo, que no corpo do expediente menciona:
“Os extratos bancários e Contrato/Convênio relativos à verba disponibilizada em conta própria no dia 08/08/2014 junto a Agência da Caixa Econômica Federal de São Lourenço do Sul, para fins da aplicação do recurso em prédio da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), que demonstram as transferências bancárias efetuadas, em vista de imperiosas e urgentes necessidades ao funcionamento da Santa Casa, pois era iminente o fechamento da Entidade na quela época, na medida em que não tinha como adimplir com os salários de funcionários, 13º (décimo terceiro salário), pagamento a Prestadores de Serviços, Médicos e Insumos Hospitalares.”

- Antes, em 03/04/2017, em audiência pública na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, ocorrida no auditório da Escola Municipal |Marina Vargas de São Lourenço do Sul a fim de debater a situação da crise nos hospitais filantrópicos, em especial da Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, com a presença de Deputados, do Prefeito Municipal e do Presidente da Santa Casa esse assunto da UTI também foi abordado. Disse o Deputado Zé Nunes, que presidia a Comissão de Saúde na Assembléia Legislativa:

“Disse que a proposta de realização do debate se dá pelas dificuldades que o hospital está enfrentando, o que já ocorreu outras vezes, mas que com o esforço de todos, sempre se conseguiu resolver. Falou que agora a situação está ficando muito difícil, uma vez que vários serviços estão fechando, e que ainda estão faltando mais informação para a sociedade, pra que possa ajudar o hospital. Afirmou que inicialmente o prefeito faria uma apresentação sobre os problemas e possíveis soluções e a seguir haveria a fala dos representantes do hospital. Lembrou que na mesa havai várias autoridades responsáveis pela gestão da saúde na região e que na sua gestão foi construído o pronto socorro, foram inauguradas alas novas, como da psiquiatria, que foram avanços importantes para o município. Que o processo de construção de UTI está interrompido, inclusive com ameaça de fechamento do hospital. Lembrou que o problema é suprapartidário e que todos tem que ajudar na busca de soluções para o problema de financiamento da saúde na região.

A seguir falou o atual  prefeito de São Lourenço do Sul:

“Elogiou o deputado Zé Nunes para iniciativa em promover o debate. Lembrou que muitos hospitais estão passando por crises semelhantes, e que através da criação de um comitê consultivo estão buscando solucionar os problemas do hospital. Disse que suas obrigações para com o hospital estão em dia, assim como do governo anterior, que também priorizava a saúde na região. Acredita que é possível, com prefeitos da região, encontrar outras formas de financiamento da Santa Casa.”

 - Fica claro que os recursos foram repassados e a Santa Casa vinha, pelo menos até o final do ano de 2016, último ano do meu mandato, aplicando recursos na construção das obras de infra – estrutura e acessórias ao recebimento da obra da UTI, e, se os valores depositados na conta corrente aberta para receber o recurso foram ao longo do tempo sendo utilizados pela a Santa Casa, certamente que o fato se deve as despesas com salários dos médicos, enfermeiros, técnicos e demais auxiliares a fim de manter a instituição funcionando.

- Essa é a verdade sobre os recursos para construção do prédio, que nunca foram “roubados” ou “desviados” por governos do PT ou pelos Administradores da Santa Casa.

- Lamento igualmente as desavenças políticas do atual Governo Municipal com os Administradores da Santa Casa O Município sempre foi parceiro da Santa Casa, independentemente dos partidos políticos que estiveram na Prefeitura Municipal. A atual gestão preferiu o enfrentamento, trazendo desgaste dos Gestores e da própria instituição.
- Durante nossos Governos Municipais ( Governo de Todos 2005 – 2016), sempre buscamos ser parceiros da Santa Casa, no repasse de recursos orçamentários próprios do Município com aumento gradativo de valores para Pronto Socorro, Pediatria, Traumatologia, Psiquiatria, entre outras especialidades, visando oportunizar para a nossa comunidade mais serviços na área de saúde.

- Junto ao Governo do Estado, independentemente se os governos eram do PT, PMDB, PSDB, ou qualquer outro partido político, sempre “brigamos” por recursos para a Santa Casa de Misericórida. Os repasses da União para a Santa Casa são via Orçamento do Estado e os recursos do Estado, sempre eram repassados com atrasos que as vezes chegavam a levar mais de 03 (três) meses para serem repassados.

- Com o Secretário de Saúde do município na época, o Dr. Arilson Cardoso, foram inúmeras reuniões junto a Secretaria Estadual e com os próprios Governadores do Estado, passávamos peleando pela liberação dos recursos para a Santa Casa, juntamente com a Direção da instituição.

- Assim, depois de muita pressão, os recursos eram liberados. Evidentemente, naqueles períodos em que não haviam os repasses, a Santa Casa tinha que manter o Hospital funcionando com pagamentos de salários, insumos, medicamentos, equipamentos e investimentos. Muitas vezes, mesmo a Prefeitura tendo dificuldades financeiras, pois nunca foi fácil, antecipávamos os repasses do Município para a Santa Casa, na ordem de R$ 800.000,00 (oitocentos mil mensais), para que a casa de saúde pudesse efetuar os pagamentos dos salários de médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e demais funcionários e colaboradores.

- Através do Dr. Arilson, nosso Secretário Municipal de Saúde na época de nossos governos, o qual fazia parte do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, e por muitos anos Presidente do Conselho Estadual de Secretários de Saúde, conseguimos aprovar projetos junto ao Governo Federal e Estadual para captação de recursos junto a essas esferas governamentais, garantindo investimentos na Santa Casa.

- Me recordo por exemplo, de uma passagem em que havíamos protocolado um projeto para instalar em São Lourenço uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA, que o Ministério da Saúde instalou em vários Município de médio porte pelo país. Naquela oportunidade em que fomos contemplados, a Santa Casa recém havia inaugurado a nova unidade de Pronto Socorro Municipal, onde funciona hoje. Debatemos que seria um equívoco instalar uma UPA, iria concorrer com a Santa Casa nos serviços de urgência e emergência.

-  Fomos então um dos primeiros Municípios no Brasil, que contemplado com uma UPA, abriu mão e prol da Santa Casa, mas o Dr. Arilson, com a equipe da secretaria municipal, elaborou um projeto pelo custeio dos serviços da UPA para a Santa Casa.

- Foi o primeiro projeto nesse sentido no País, isto é, não teríamos a estrutura física da UPA, já tínhamos o Pronto Socorro Municipal na Santa Casa, mas os recursos para manutenção seriam então destinados para a Santa Casa. O projeto foi aprovado, e desde então o Governo Federal passou a repassar via o Estado recursos na ordem de R$ 100.000,00 (cem mil reais) mensais para o custeio do Pronto Socorro, que aliado aos recursos que o Município já repassava permitiram uma outra fonte de renda para manter-se funcionando nossa Santa Casa.

- Faço esse observação para esclarecer nossa comunidade, em um momento muito difícil como o que estamos passando em Saúde Pública pela Pandemia COVID – 19, nunca foi fácil, sempre foi um esforço enorme para que Município e a Gestão da Santa Casa, andassem de mãos dadas e somando esforços conjuntos para manter o hospital funcionando, enquanto vários hospitais fechavam as portas na região e pelo estado, a nossa Santa Casa lutava bravamente para manter-se viva e prestando serviço de saúde para a nossa população.

É Importante salientar que além do constante apoio a nossa Santa Casa, ainda viabilizamos a elaboração de projetos sociais via Condica e Conselho do Idoso, para captação de recursos ao Centro de Saúde de São João da Reserva, aquele fantástico empreendimento, que revitalizou e modernizou o antigo Hospital de São João da Reserva com a ajuda inestimável do lourenciano Paulo Hermann, empresário e figura humana singular, que a par do sucesso pessoal e profissional abriu espaços à sua agenda para colaborar com a sua terra natal.
Eu lamento que hoje em dia algumas pessoas que falam fácil e nada fizeram de concreto pela nossa comunidade, fiquem divulgando inverdades (Fake News), acusando, difamando e caluniando, sem qualquer fundamento e conhecimento sobre a realidade dos fatos em um mundo virtual. Como se as pessoas ofendidas não fossem de carne e osso, não tivessem famílias, profissões e reputações a serem zeladas perante essa mesma comunidade a que serviram. Escondidas no mundo virtual para praticarem e difundirem mentiras a fim de nas suas mediocridades e hipocrisias tentar confundir as pessoas, gerar desgastes à figuras públicas, que veem como concorrentes políticos, busca tirar algum proveito das mentiras que criam e difundem, visando uma espetacularização descabida para a nossa comunidade.

- Lamento que muitas vezes, são os próprios Gestores Municipais que difundem e propagam essas inverdades, chegam a ajuizar ações judiciais para se utilizarem desses fatos para desgastar outras pessoas, quando eles próprios são corresponsáveis com as situações que eles mesmos ajudaram a criar.

Recentemente, por exemplo, atuando profissionalmente em uma Ação Judicial, deparei-me com uma situação inusitada, que a fim de esclarecer nossa comunidade a respeito dos que se utilizam das redes sociais em momentos como esses de pandemia e defendem arduamente o projeto político que está na Prefeitura Municipal, acusando-nos de “desvio de recursos” e “roubos” do recurso como a UTI, se dizendo exímios defensores da saúde pública e da Santa Casa, uma inusitada iniciativa demonstra bem a verdade de quem de fato defende e briga pela saúde de nossa Santa Casa e que só joga pra torcida.

Vejam que o atual Prefeito Municipal sancionou uma Lei Municipal de nº 3.918/19, a qual aprovada pela Câmara de Vereadores, autorizava a venda de bens inservíveis e sucatas, as mesmas que no início do atual governo foram disponibilizadas as imagens para a RBS TV a fim de tentar passar a imagem de que haviam herdado um governo de sucatas, essas mesmas que aguardavam aprovação na legislatura passada para venda e ficaram mais de um ano para aprovar,  tendo terminado a legislatura e o projeto arquivado. Pois bem, esses mesmos inservíveis e sucatas, tiveram autorizados a venda em leilão público autorizada em 2019, pela Lei nº 3.918/19, na qual, pelo art. 5º, destinava o percentual de 50%, do valor arrecadado a ser repassado para a Santa Casa.

Realizado o Leilão em 15/08/2019, foi arrecadado o valor de R$ 267.900.00, sendo que conforme lei municipal o valor de R$ 133.950,00, deveria por força da lei municipal sancionado pelo Prefeito em 18/06/2019, ser destinado à Santa Casa. O que fez o atual Governo Municipal ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, para declarar a inconstitucionalidade de dispositivo da Lei Orgânica Municipal, que há anos vigia e fora respeitados por vários governos, para declarar inconstitucional o artigo da Lei que exigia autorização do Poder Legislativo para venda de inservíveis e sucatas. Obtiveram êxito e por consequência de arrestamento também foi tornada sem efeito a Lei Municipal nº 3.918/2019, que autorizava o repasse do valor de R$ 133.950,00, correspondente ao percentual de 50%, do valor arrecada com o leilão público, para a Santa Casa.

Hoje, esse mesmo Governo Municipal que alardeia preocupação com a Santa Casa, em que os defensores se atiram na redes sociais para propagar inverdades, caluniar e ofender pessoas que trabalharam para ajudar a Santa Casa, pois aqueles que defendem, brigam hoje para não repassar o valor de R$ 133.950,00, para a Santa Casa, a fim de que essa possa arcar com o pagamento de dívidas trabalhistas.

Faço aqui minhas as palavras da Excelentíssima Juíza do Trabalho da Comarca de Camaquã – Posto de São Lourenço do Sul, que assim pronunciou-se sobre o fato nos autos do processo  a respeito da postula do atual Governo Municipal em relação a Santa Casa:

“Causa estranheza, entretanto, que a lei em questão, promulgada que foi, mediante sanção do prefeito de São Lourenço do Sul, em 18/06/2019 e levada a efeito com a realização de leilão e apuração de mais de R$ 260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais) em agosto 2019, seja questionada pelo próprio Poder Executivo somente em 29/01/2020, após restar constatado pelo Juízo Trabalhista que os valores não foram repassados para a Santa Casa ...”
“........”
“É lamentável que eventuais divergências das mais variadas entre o Poder Público e os dirigentes da Instituição Hospitalar – quiçá no âmbito político e administrativo – possam atingir de forma tão incisiva a saúde da população que mais precisa do atendimento pelo Sistema Único.”

- Desculpem os amigos e a comunidade, mas desde que deixei a Prefeitura Municipal, tenho sido vítima de ataques covardes de pessoas que maldosamente e com interesses políticos eleitorais se utilizam das redes sociais e meios de comunicação para atingir minha honra e de outras pessoas que trabalharam e dedicaram partes de suas vidas à coletividade sendo vilmente atacadas como “ladrões que roubaram dinheiro público”, tenho orgulho de nossa equipe de governo, que muito fez por São Lourenço do Sul.

No entanto, esses mesmos que propagam esse tipo de “informação”, deveriam cobrar de seus representantes políticos sobre atitudes de ações concretas em prol da nossa Santa Casa e do nosso Sistema de Saúde Municipal para ajudar na solução dos problemas e não criar dificuldades e impor dificuldades financeiras, estruturais que comprometem o funcionamento da Santa Casa.

Tenho orgulho de ter tido a oportunidade de desempenhar o cargo de vice-prefeito (2005-2012) e prefeito (2013-2016) de nosso Município, quando deixamos na área de saúde uma rede toda nova de Unidades Básicas de Saúde(cada Bairro da cidade e Distrito do interior), todos os prédios com equipamentos novos, insumos e profissionais qualificados como médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos, auxiliares. Instalamos o SAMU em São Lourenço do Sul, quando ainda era somente para Município com mais de 100.000 habitantes (articulação do Dr. Arilson com Prefeitos da micro região centro sul), em um consórcio que viabilizou à época a instalação da sede da SAMU em São Lourenço do Sul. Instalamos a Farmácia Popular, programa do governo federal que oportunizava medicamentos a preços subsidiados.

Ampliamos o Posto de Saúde Central - UBS Central, na qual instalamos o CE0 – Centro de Especialidades Odontológicas; compramos 02 ambulâncias pequenas e duas grandes, conquistamos uma com a Unimed, e incorporamos a unidade SAMU na frota da saúde, que foi completamente renovada com vãs modernas e climatizadas ao transporte de pacientes para os tratamentos e exames nos Municípios referência nas especialidades. Na área da saúde mental, transformamos o projeto Careta em Caps Saúde Mental, implantamos o Caps Saci e o Caps Alcool e outras Drogas 24 horas; Implantamos a rede de formação em Psiquiatria junto da Santa Casa, tornando-se referência regional.

Fortalecemos o Controle Social (valorizando o Conselho Municipal de Saúde e implantando em cada UBS, o Conselho Local de Saúde.
Ajudamos na construção de projetos e captação de recursos ao hoje Centro de Saúde da Reserva. Claro que não fizemos tudo e erramos também, mas prefiro errar por ação do que pecar pela omissão de não ter tentado acertar.

- Política não se faz com mentiras, boatos e inverdades. Política se faz com trabalho, atitude e responsabilidade com a comunidade em que se está inserido. Em um momento difícil como esse que estamos enfrentando não podemos deixar que interesses políticos se sobreponham  às reais necessidades das pessoas, principalmente as que mais precisam, e quem governa tem a responsabilidade de dar o seu máximo pra o bem esta da população, não pode fazer de sua gestão como única ação imputar aos seus antecessores responsabilidades que são suas como forma de tentar esconder a incapacidade e o despreparo para governar.

A crítica faz parte do processo democrático, mas deve ser com responsabilidade, a fim de evitar que escorregue à ofensa leviana para ocultar suas próprias fragilidades. A política só deve existir enquanto for para ajudar as pessoas, se for para satisfazer o ego pessoal e os amigos ela não serve para nada.

- Julguei oportuno os esclarecimentos nesse momento em que a humanidade enfrenta um de seus mais desafiadores momentos, nossa comunidade não está imune aos problemas e consequências que advirão da pandemia COVID – 19 e dos inevitáveis reflexos econômicos, mas primeiro há que salvar e preservar vidas.

- Devemos primeiro, seguir as orientações médicas e de especialistas quanto aos cuidados a preservação da saúde. Exigir das autoridades que a prestação de serviço público em saúde se faça de forma integral preventiva e curativa, oportunizando aos profissionais de saúde proteção e condições para que possam bem desenvolver suas tarefas com o máximo de segurança e efetividade.  Precisamos nesses momentos que as autoridades passem serenidade e atitude pró- ativa no enfrentamento dos graves problemas que nos assolam e somente sairemos vencedores com união, solidariedade e fraternidade nas nossas relações.

Abraço e muita confiança!

Jose Daniel Raupp Martins

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