O estoque total de crédito do sistema financeiro nacional (incluindo recursos livres e direcionados) teve aumento de 0,3% frente a setembro, registrando avanço de 6,3% em relação a outubro de 2018. Com isso, o saldo totaliza R$ 3,4 trilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. Como proporção do PIB, o montante total de crédito ficou em 47,6%. Na região Sul, para operações iguais ou superiores a R$ 1 mil, o saldo total de crédito em outubro foi de R$ 645,2 bilhões, com variação de 0,8% frente ao mês anterior e crescimento de 9,0% na comparação interanual.
As concessões de crédito livre recuaram 2,4% em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação a outubro de 2018, as concessões com recursos livres avançaram 13,6%. No acumulado em 12 meses, até outubro, as concessões cresceram 13,4%, resultado das altas de 11,5% para pessoa jurídica e de 14,9% para pessoa física.
A taxa média de juros para as operações de crédito com recursos livres teve queda de 1,0 p.p. em outubro, registrando 35,9% a.a.. O resultado teve influência da retração de 1,5 p.p. na taxa às famílias, que marcou 49,7% a.a., e da queda de 0,3 p.p. da taxa às empresas, que atingiu 17,6% a.a. A inadimplência superior a 90 dias, também para as operações com recursos livres, manteve-se em 3,9%, com estabilidade na inadimplência tanto das famílias (5,0%) quanto das empresas (2,5%).
Na comparação interanual, o saldo total de crédito continuou acelerando, puxado pelo avanço de 13,4% no saldo dos recursos livres, enquanto o direcionado segue com variação negativa, tendo registrado -1,7%. As taxas médias de juros, também na comparação interanual e com recursos livres, evidenciam a transmissão da queda da Selic para as taxas de algumas modalidades de crédito: para as famílias, crédito pessoal e aquisição de veículos registram taxas menores em 7,5 p.p. e 2,7 p.p, respectivamente, enquanto as taxas às empresas relativas a descontos de duplicatas, capital de giro e aquisição de veículos tiveram quedas de 4,0 p.p., 2,2 p.p. e 3,4 p.p.. Assim, com a política monetária estimulativa em curso, o crédito deve seguir em expansão, devendo ser um dos principais vetores do crescimento no próximo ano.
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