Vítimas representam um a cada quatro indenizados pelo Seguro DPVAT de 2008 a 2017
Acidentes de trânsito são facilmente associados à imprudência ao volante. Mas engana-se quem pensa que apenas os motoristas devem estar atentos quando o assunto é acidentes de trânsito. De acordo com os dados do Boletim Estatístico Especial “Dez anos de trânsito”, divulgado pela Seguradora Líder – responsável pela gestão do Seguro DPVAT, a segunda categoria mais atingida é a de pedestres. É preciso conscientizar sobre a importância de todas as pessoas no trânsito.
Em 10 anos, mais de 4,5 milhões de indenizações do Seguro DPVAT foram pagas para vítimas de acidentes de trânsito. Nesse período, foram 1.068.996 indenizações pagas a pedestres nos três tipos de cobertura: morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares. As vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais, num total de 167.290. Mais de 757 mil pessoas foram indenizadas por invalidez permanente.
Em relação ao perfil dos indenizados, os números mostram que, de 2008 a 2017, a maior incidência de indenizações pagas foi para vítimas da faixa considerada economicamente ativa, de 18 a 34 anos, que representam 33% dos indenizados pelo Seguro DPVAT (cerca de 359 mil). Apenas este ano, de janeiro a maio, foram pagas 35.437 indenizações a pedestres. O número corresponde a quase 24% do total de indenizações pagas, neste mesmo período, para todos os tipos de vítimas (148 mil).
Entre os principais motivos da falta de atenção do pedestre ao caminhar nas ruas está o uso do celular. Digitar, ler, falar e usar o fone de ouvidos aumentam as chances de acidentes em até 80%, segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Já neurologistas alertam que uso do fone de ouvido e celular aumentam de 3 a 9 vezes a possibilidade de acidente.
Para se ter ideia, o uso do celular é considerado um problema tão grande que alguns países adotaram medidas para reduzir o número de acidentes. Em Augsburg, na Alemanha, a prefeitura adotou um semáforo específico, fixado no chão, para que o pedestre com os olhos fixados no celular perceba os sinais da rua. Já no Japão foram criadas calçadas específicas para pedestres que não abandonam o aparelho. No ano passado, a cidade de Honolulu, no Havaí, aprovou uma lei municipal proibindo os pedestres de usarem aparelhos eletrônicos durante a travessia de ruas e avenidas.
O Boletim Estatístico Especial “Dez anos de Trânsito” também marca a década de atuação da Seguradora Líder à frente das operações do Seguro DPVAT. O levantamento reúne dados como a evolução dos pontos de atendimento autorizados do seguro nestes dez anos, além da evolução da frota de veículos automotores e da população brasileira entre 2008 e 2017.
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