O atual momento da economia brasileira, com crescimento da inflação, elevação da taxa de desemprego e a consequente redução orçamentária para muitas famílias elevou o número de pessoas que ingressaram no cadastro negativado de crédito. A reboque desta situação surge um fato extremamente negativo, que diz respeito aos golpes praticados por empresas que prometem limpar o nome do endividado, cobram uma taxa para fazer o serviço, mas acabam desaparecendo e aumentando o desespero de quem deseja restabelecer sua saúde financeira.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, destaca que apenas a quitação do débito pode originar a saída do cidadão do cadastrado negativado de crédito. O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, enfatiza que as pessoas devem estar atentas a este golpe, uma vez que o consumidor endividado pode buscar saldar seus compromissos sem a necessidade de gastar mais dinheiro com intermediários.
- É preciso que o cidadão saiba que não precisa gastar para tirar o nome do cadastro de negativados. É possível ver o tamanho da dívida nos postos de atendimento dos principais serviços de proteção ao crédito existentes no Brasil, entre os quais, o SPC. A FCDL-RS recomenda que a pessoa busque, sempre, negociar seu débito com a instituição credora. É o melhor caminho para ter o nome limpo na praça novamente - enfatiza Vitor Koch.
Para o presidente da FCDL-RS, é importante que os devedores busquem se adaptar a sua realidade financeira, tentando economizar algum dinheiro, mensalmente, para então conseguir pagar contas em atraso. Segundo Koch, após identificar junto aos credores o tamanho da dívida, o inadimplente deve saber o quanto pode pagar por mês, já tendo, se possível, uma proposta fechada de negociação. Se tiver uma poupança e puder usá-la para quitar os débitos, tanto melhor. Outra dica importante, é esclarecer junto ao credor a real capacidade de pagamento da dívida.
Pesquisa divulgada no início de maio pelo SPC aponta que quase 10% dos consumidores inadimplentes no Brasil contrataram empresas para limpar o nome nos últimos doze meses. Destes, 50,5% não tiveram sucesso, sendo vítimas do golpe de dar dinheiro adiantado para realização do serviço e ver a pretensa intermediária desaparecer.
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