sexta-feira, 21 de agosto de 2015

São Lourenço do Sul de olho no "Mormo"

O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pelo Burkholdelia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. No RS um caso foi confirmado no município de Rolante, em 2015, e deixou todo o estado em alerta já que a doença não tem cura. Na quinta-feira (20) uma suspeita de contágio em humanos está sendo analisada na cidade de Livramento.
Por este motivo a Vigilância Sanitária de São Lourenço do Sul está em alerta e orientando produtores para os perigos da doença e a importância da realização dos exames de sanidade animal. Vale lembrar que não existe nenhum tipo de vacina contra a bactéria.
Na manhã desta sexta-feira (21) Ricardo Soares, do SENAR, participou de encontro no município no Centro Social Urbano e também esteve na Rádio São Lourenço AM falando sobre este importante tema, ouça abaixo o áudio:
SINTOMAS - O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetido à prova de maleina sendo realizada e interpretada por Médico Veterinário. A mortalidade desta doença é muito alta.

A forma aguda é assim caracterizada:

febre de 42ºC, fraqueza e prostação;
aparecimento de pústulas na mucosa nasal que se trasnformam em úlceras profundas e dão origem a uma descarga purulenta, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta;
há entumecimento ganglionar, e o aparelho respiratório pode ser comprometido, surgindo dispnéia.

A forma crônica se localiza na:

pele;
fossas nasais;
laringe;
traquéia;
pulmões, porém de evolução mais lenta;
pode mostrar também localização cutânea semelhante à forma aguda, porém mais branda.

PROFILAXIA - Deve ser realizado as seguintes medidas:

notificação imediata à autorização sanitária competente;
isolamento da área onde foi observada a infecção;
isolamento dos animais suspeitos como resultado da prova de maleína e sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova repetida após dois meses;
cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com os mesmos;
desinfecção rigorosa dos alojamentos;
suspensão das medidas profiláticas somente três meses após o último caso constatado.

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