A Santa Casa de São Lourenço no Sul, no Sul do Estado, pode ficar sem serviço de nefrologia a partir da próxima segunda-feira (21). O motivo é a saída da única profissional que atuava no setor devido a atraso no pagamento das remunerações, que atinge nove meses. A partir dessa data, os pacientes com problemas renais correm o risco de serem encaminhados para Camaquã, a cerca de 80km de distância, o que deverá agravar ainda mais a crise na Santa Casa. O hospital está devendo cerca de seis meses de remunerações aos médicos e ainda parcelas do acordo de confissão de dívida assinado em 2017.
O problema em São Lourenço do Sul é mais um exemplo da situação difícil por que passa o setor de nefrologia no Estado. A fim de buscar soluções para o problema, o Rio Grande de Sul ganha nesta segunda-feira (21) a Frente Parlamentar em Defesa da Nefrologia Gaúcha. O ato de instalação da Frente será às 14h, no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. A iniciativa foi proposta e é liderada pelo Simers e a Sociedade Gaúcha de Nefrologia (SGN). A presidência será da deputada Liziane Bayer.
A Frente vai reforçar a mobilização em prol dos pacientes que fazem a Terapia Renal Substitutiva (TRS), que abrange hemodiálise e diálise. Hoje a insuficiência de recursos e os valores defasados, praticamente congelados pelo Ministério da Saúde, pode restringir cada vez mais o acesso ao tratamento. No RS, são cerca de 5,8 mil pessoas nessa condição, sendo que 5,2 mil dependem do SUS (90% dos doentes), alerta o Simers.
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