segunda-feira, 9 de novembro de 2015

MST cobra posicionamento do Estado sobre venda de áreas para reforma agrária no RS

Após o MST cumprir o acordo firmado semana passada para sair de áreas ocupadas no estado, dirigentes do Movimento Sem Terra estiveram reunidos com secretários do governo gaúcho para tratar sobre a desapropriação de áreas, como da Companhia Nacional de Silos e Armazém (CESA), da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). Participaram da reunião nesta terça-feira (09), na Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), os secretários do Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto; da Agricultura, Ernani Polo; e Minas e Energia, Lucas Redecker.

O deputado estadual Edegar Pretto (PT), um dos mediadores das negociações com o MST, explica que foram apresentadas as áreas de interesse para fins de aquisição e reforma agrária. A superintendência do Incra/RS tem interesse para comprar duas áreas da CESA, em Vitória das Missões e Cruz Alta, duas áreas da CEEE, em Charqueadas e Candiota, e uma área do IRGA em Palmares do Sul. “Agora depende do Estado manifestar a vontade. Se há áreas públicas e recurso, por que não transformá-las em terra produtiva da reforma agrária”, questionou o deputado.

Também participaram da reunião os presidentes da CEEE, CESA, IRGA e Fepagro. O próximo passo é avaliar se o Estado poderia solicitar o pagamento como abatimento da dívida com a União. O processo será estudado pelo Incra. “Nossa expectativa era sair com áreas designadas para assentamento de famílias acampadas no estado. Vamos continuar ocupando áreas e pressionando o Estado a se posicionar”, adianta Cedenir de Oliveira, dirigente nacional do MST.

Ao todo, as cinco áreas de interesse do Incra no estado somam 3,2 mil hectares, o que segundo o MST daria para assentar cerca de 200 famílias. (Fonte: Dep. Edgar Pretto)

Nenhum comentário:

Postar um comentário