Prefeitos da Região Sul do Estado estiveram hoje (11) pela manhã na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa para pedir apoio dos deputados na resolução do impasse ocasionado pelo atraso de repasses de recursos do Estado para hospitais filantrópicos e Santas Casas. Segundo o prefeito de São Lourenço do Sul, Daniel Raupp, a dívida do Estado com os hospitais da região chega a R$ 57 milhões, sendo que R$ 21 milhões são devidos à Santa Casa de Misericórdia de Rio Grande, que oferece 400 leitos pelo SUS.
Por conta do atraso, o hospital paralisou o atendimento na área da Traumatologia há 40 dias, e outros serviços também estão parando, como a Hemodinâmica e a Cardiologia. Os prefeitos revelaram também a existência de atrasos nos repasses para a Atenção Básica. “Os municípios vêm cobrindo os gastos além de suas possibilidades. Se os repasses não forem regularizados, o atendimento básico também poderá entrar em colapso”, teme Raupp.
O próprio presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum (PMDB), compareceu à audiência ordinária da Comissão de Saúde para se colocar à disposição dos prefeitos na busca de uma solução negociada para a crise dos hospitais. “Esta crise é um problema de Estado. Sou favorável à busca de uma solução por meio do diálogo, sem partidarizar o tema. É preciso tratar este assunto com atenção, carinho e muito diálogo, pois todos sabem das dificuldades financeiras do Rio Grande”, frisou, delegando ao presidente da Comissão, Valdeci Oliveira (PT), missão de intermediar junto à Casa Civil uma reunião com os 12 prefeitos da Região Sul.
A audiência com o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, ficou agendada para as 16h desta quarta-feira. À tarde, os gestores da Região Sul se encontrarão, ainda, com representantes do Ministério Público, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas.
Também manifestaram apoio aos prefeitos o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Hospitais Filantrópicos, Ronaldo Santini (PTB), o coordenador da Frente Gaúcha em Defesa da Saúde Pública, Tarcísio Zimmermann (PT), e os deputados Zé Nunes (PT), Edegar Pretto (PT) e Ciro Simoni (PDT), ex-secretário da Saúde.
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