quinta-feira, 22 de julho de 2021

Uma a cada 4 crianças sofrem com Dermatite Atópica

A dermatite atópica está presente em uma em cada quatro crianças. Porém, adultos também podem sofrer com a enfermidade – estima-se que entre 2% e 9% tenham os sintomas. Os sintomas mais conhecidos e recorrentes para quem tem essa condição são: coceira excessiva, vermelhidão e lesões na pele.

“A dermatite atópica é uma doença crônica, provocada por desequilíbrio do sistema imunológico, o que gera resposta inflamatória exagerada e quebra da barreira da pele. Trata-se de uma manifestação alérgica, assim como diarreias e vômitos. Só que nesse caso ela ocorre na pele. Como as demais patologias crônicas, não existe remédio que elimine o problema, mas é possível controlar. As causas do desequilíbrio que gera essa condição não são claras. Mas sabemos que o fator genético influencia bastante. Em famílias com histórico de alergias, como asma ou rinite, há maior probabilidade de ocorrer o problema”, explica o pediatra e nutrólogo, Dr. Fábio Ancona.


Normalmente a dermatite aparece na primeira infância. Nessa faixa etária, são poucas as opções de tratamento para minimizar os sintomas. Porém, opções seguras podem ser encontradas em produtos à base da substância atípica pimecrolimo, anti inflamatório tópico.

“Os pais precisam ficar muito atentos ao tipo de tratamento oferecido às crianças. É preciso falar com o pediatra, pois o nível de toxidade da maioria dos medicamentos (como corticoides) é elevada para expor os jovens. Mas isso não significa que o paciente ficará sem tratamento, pois existem opções adequadas e seguras, principalmente os produtos à base de pimecrolimo, que podem ser utilizados a partir dos três meses de vida, reduzindo as crises de dermatite. Pacientes adultos também precisam ter essa atenção”, explica o Dr. Fábio Ancona, que ressalta ainda que as fórmulas em creme são melhor absorvidas.

“É possível viver sem coceiras, dormir bem e ter pele saudável com a doença, mas também é necessário buscar indicação de um médico para o melhor tratamento. A palavra-chave é controlar”, conclui o especialista. (Juliete Lino)

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