O projeto Visibilizando Invisíveis tem por objetivo promover o desenvolvimento estético e a elaboração de produtos artísticos. Serão homenageados três lourencianos: Sergiomar Crespo Schild, Ana Centeno e Edilberto Hammes.
São Lourenço do Sul foi um dos municípios escolhidos para receber o projeto Visibilizando Invisíveis, que tem por objetivo promover o desenvolvimento estético e a elaboração de produtos artísticos, que visam dar visibilidade a pessoas que historicamente são invisibilizadas por nossas práticas sociais e educativas, pessoas que são para além das normas. A ação, promovida pela FURG em parceria com o artista Gui Gerundo, envolve intervenção cultural, cultura viva, artes visuais, memória e patrimônio imaterial.
O rio-grandino Guilherme Gerundo, “Gui Gerundo”, foi um dos artistas a integrar a primeira edição do projeto “Arte na Parada”, proposta de intervenção artística nas paradas do município realizada pela Prefeitura de Rio Grande, através das secretarias de Município da Cultura e de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança. Popularmente conhecido como um dos pioneiros no graffiti da cidade de Rio Grande, GUI é grafiteiro ilustrador, desenhista, designer e trabalha com arte desde 2004. Ao longo de muitos anos, além de várias pinturas comerciais e pessoais, foi responsável por diversas oficinas de graffiti para crianças e jovens de diversas faixas etárias, inclusive com projetos sociais e educativos. Acumulando assim uma grande experiência para a vida pessoal e profissional. Apesar de preferir um estilo bem coloridos, traços fortes e bem marcados consegue se adaptar bem ao briefing de cada trabalho, adotando estilos variados. Guilherme já grafitou diversas cidades, inclusive no evento Mof, maior evento de grafite voluntário do mundo, no Rio de Janeiro.
Serão homenageados três lourencianos: Sergiomar Crespo Schild, Ana Centeno e Edilberto Hammes. Conheça mais sobre os homenageados:
Sergiomar Crespo Schild
Sergiomar nasceu em São Lourenço do Sul em 21 de abril de 1944, primogênito do casal Oraida Conceição Crespo e Elmar Schild. Pós graduado em Ed. Física e enraizado ao Tradicionalismo e a cultura do nosso estado, também é escritor, tendo lançado dois livros de poesias crioula: “Memórias de um Caborteiro”, em 1980 durante a 1ª Feira do Livro, quando fez parte, juntamente com sua esposa Elida, da comissão criadora e organizadora da feira; e “Pátria Chão”, 1984. É autor da letra do Hino Oficial Municipal e criador da logotipia do Centenário de Emancipação Política de São Lourenço do Sul, em 1983.
Criou o projeto e regulamento do “REPONTE DA CANÇÃO CRIOULA DO LITORAL SUL”, o qual foi “abraçado” pelo Patrão do C.T.G. Sepé Tiarajú, João Barbosa da Cunha e sua patronagem, e pelo então prefeito, Rudh Hübner, nascendo assim um dos cinco maiores festivais nativistas do nosso estado. Coordenador da divulgação do festival, através das muitas viagens durante anos visitando os festivais, onde o professor Sergiomar mostrou para todo o Rio Grande do Sul onde se localizava a pacata “Pérola da Lagoa”, cidade onde realiza-se nosso grande festival. Por seu trabalho junto aos festivais, em 1992 recebeu do Jornal da Noite, jornalista Danilo Ucha, o troféu “Destaque dos Festivais”.
Ana Centeno
Ana Hermelinda Centeno nasceu no ano de 1946 na localidade de Picada Pinheiros, zona rural de São Lourenço do Sul. Filha de Manoel Fernando Centeno natural do Quilombo Coxilha Negra, e Délcia Rodrigues Centeno, natural do Quilombo Rincão dos Negros, atualmente Rincão das Almas. No final da Década de 80, iniciou sua militância no Movimento Negro através das Agentes Pastorais (APNs), que fazem parte da igreja católica. Ana também uma das percursoras na criação do Grupo : "Movimento Negro KIZUMBI" em São Lourenço do Sul. É reconhecida nacionalmente por sua luta antirracista, participando de vários eventos, sendo referência para toda(o)s que venham falar ou escrever sobre negritude. Frase que ela costuma sempre dizer: "A Mãe África, terra de minhas raízes e berço dos meus ancestrais".
Edilberto Hammes
Edilberto Luiz Hammes nasceu em 19 de agosto de 1942 na cidade de São Lourenço do Sul. Filho do comerciante Guido Hammes nascido em Picada das Antas (colônia de São Lourenço) e da dona de casa Erna Hilda Schneid Hammes nascida na ainda então vila de São Lourenço. Bisneto de imigrantes alemães, é médico (formado pelo sacrifício de seus pais e ajuda de seu irmão mais velho) e aposentado após cinquenta anos ininterruptos de profissão. Foi componente de um coral formado em São Lourenço do Sul que cantava músicas folclóricas alemãs e escreveu livros históricos sobre o município em que nasceu, tendo sido o idealizador, líder da campanha e construtor do Pórtico do Sol. Seu mais recente trabalho literário foi o livro de quase mil páginas, “Dicionário de Sobrenomes de origem alemã de São Lourenço do Sul e das colônias adjacentes”.
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