quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Gás natural sobe no mercado internacional e pode ficar 6 vezes mais caro em 2022

 A Petrobras está negociando com as distribuidoras de gás natural o preço dos contratos para o ano que vem. A proposta inicial da empresa quer cobrar seis vezes o valor atual e assustou as concessionárias que, via Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), decidiram entrar com uma representação contra a Petrobras nesta 5ª feira (11.nov.2021) no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A justificativa da empresa é a escalada da commoditie no mercado internacional. O mercado de curto prazo (spot), principalmente, vem batendo recorde atrás de recorde. 

A Petrobras está negociando com as distribuidoras de gás natural o preço dos contratos para o ano que vem. A proposta inicial da empresa quer cobrar seis vezes o valor atual e assustou as concessionárias que, via Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), decidiram entrar com uma representação contra a Petrobras nesta 5ª feira (11.nov.2021) no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A justificativa da empresa é a escalada da commoditie no mercado internacional. O mercado de curto prazo (spot), principalmente, vem batendo recorde atrás de recorde. 

Augusto Salomon, presidente da Abegás, disse ao Poder360 que o preço cobrado torna inviável o repasse do gás. 

“A Petrobras está querendo comprar cargas de GNL spot. E o preço na Europa e nos Estados Unidos subiu demais. Então, isso está na mesa e estamos relutando em assinar porque fica inviável vender esse gás a esse preço“, disse.

A estatal propôs às as seguintes modalidades de contrato:

contrato de 1 a 6 meses, a cerca de US$ 35 por milhão de BTUs

contrato de 1 ano, também a cerca de US$ 35 por milhão de BTUs

contrato de 4 anos, a cerca de US$ 20 por milhão de BTUs

Segundo a Abegás, os preços sempre se mantiveram entre 5 e 6 dólares por milhão de BTU do GNL.

Entre as reclamações da categoria está o TCC (Termo de Cessação de Conduta) assinado em 2019 com o Cade, que visa à abertura do mercado e ao fim do monopólio da Petrobras sobre a comercialização de gás natural.

GÀS NATURAL JÁ ACUMULA ALTA DE 31%

Em contratos com distribuidoras estaduais, a Petrobras propôs negociação que quadruplica o preço do gás no ano que vem, informa o jornal Valor Econômico. Até outubro, o Gás Natural Veicular já acumulava alta de 31%, de acordo com o IBGE.

A Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) promete acionar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), contra a petroleira.

Outra consequência do aumento no preço dos combustíveis é a adaptação de carros. Muitos motoristas, principalmente os de aplicativo de transportes, têm optado pelo gás natural veicular, o GNV. A gasolina, por exemplo, subiu  42,72% nos últimos 12 meses.(IG)

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