O prefeito Rudinei Härter, viajou na última sexta-feira (28) para Genebra, na Suíça. Nesta segunda-feira (1), ocorreu o primeiro dia da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco (COP), organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Prefeito Rudinei, que é vice-presidente da Amprotabaco - Associação dos Municípios Produtores de Tabaco - participaria do evento como observador para fazer a defesa do plantio do fumo.
Após enfrentarem problemas para a entrada da comitiva da Associação no evento, a Amprotabaco assim como demais instituições que visavam defender o plantio do tabaco e a imprensa foram convidados a se retirar do evento. Agora, a Amprotabaco estuda ampliar sua atuação para formar uma associação internacional de municípios produtores de tabaco. Hoje (2), às 18 horas (horário de Genebra), Härter terá encontro com a embaixadora do Brasil na Suíça na Missão Brasileira para tentar reverter a situação e terem direito de ser ouvidos durante a Conferência. Segundo o prefeito, "a preocupação maior se dá pelo fato da proposta existente ser de uma taxação ainda maior aos pequenos produtores". A viagem do prefeito, que não teve custos ao Município, foi autorizada pela Câmara de Vereadores por unanimidade na sessão realizada no dia 17 de setembro.
A importância da ida do prefeito a Genebra se dá pelo fato de que o fumo foi o segundo produto da pauta de exportações do Rio Grande do Sul em 2016. Já em 2017, a produção chegou a 19.183,895 toneladas. A região Sul do Brasil é responsável por 98% da produção brasileira segundo dados da Afubra. Com 154 mil produtores integrados, em um universo de aproximadamente 615 mil pessoas participantes do ciclo produtivo no meio rural, o tabaco soma uma receita bruta anual de R$ 5 bilhões.
Dados também da Afubra apontam que São Lourenço do Sul vem crescendo no cultivo, assumindo a segunda posição no ranking da produção nos três estados do Sul do Brasil. São 3.462 produtores, com uma safra de 14.433 toneladas no ano de 2016, ficando atrás unicamente de Canguçu, o que evidencia a importância da produção não apenas para a região, mas para a economia lourenciana que tem 60% do Produto Interno Bruto (PIB), oriundo do campo e, dentro deste universo, 65% com a produção de tabaco.
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