Quatro anos e meio já se passaram desde que as primeiras máquinas foram avistadas no trecho da duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas. A obra deveria ter sido concluída em dois anos. Porém, só 55,71% dos trabalhos foram finalizados até agora. A maior dificuldade é obter os recursos necessários para retomar os trabalhos num ritmo adequado. Além disso, quanto mais tempo a duplicação demora para ser inaugurada, mais cara ela se torna.
Em 2012, a previsão de investimento para duplicar 211,22 quilômetros era de R$ 868,9 milhões (R$ 868.948.596,37). Hoje, cálculos atualizados apontam que a obra custará R$ 1 bilhão (R$ 1.285.810.025,71), um aumento de R$ 416,8 milhões (R$ 416.861.429,34). De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), isso se deve, principalmente, aos reajustes anuais nos contratos. Entre 2015 e 2016, o preço do asfalto aumentou consideravelmente.
- Ninguém ganha com a paralisação da BR-116. Aliás, ninguém ganha com a paralisação de qualquer rodovia. Só temos a contar prejuízos em cima de prejuízos. Além dos acréscimos contratuais devido a reajustamento há também um acréscimo em quantitativos devido a ação do tempo atuando sobre a obra inacabada. Há destruição, as maiores erosões vão ter que ser repostas em quantitativos ainda inicialmente não considerados – avalia o engenheiro civil e doutor em Transportes pela UFRGS, João Fortini Albano.
O ritmo de obras é muito lento. Para 2017, a obra só deverá receber R$ 59 milhões. De janeiro a abril, chegaram ao Rio Grande do Sul pouco mais de R$ 1,75 milhão. Hoje, não há qualquer previsão de término das obras. Mas, se o montante de recursos aumentasse para R$ 200 milhões ainda em 2017, e o ritmo de pagamentos se mantivesse nos dois próximos anos, há uma expectativa que a duplicação poderia ser concluída em 2019.
Não há qualquer ponto novo com circulação de veículos. Há alguns trechos quase prontos que, somados, representariam em torno de 60 quilômetros de pista nova. Eles estão localizados nos lotes 01, 02, 06, 08, e 09. Atualmente, as obras só ocorrem nos lotes 01, 04, 07 e 08. Os demais estão parados: 02, 03, 05, 06 e 09.
Do total de R$ 1,33 bilhão previsto para a obra, o Dnit já pagou R$ 744 milhões (R$ 744.204.105,41). Os trabalhos iniciaram-se em datas distintas, com sete meses de diferença entre o lote que começou primeiro _ em outubro de 2012 _ ao que começou por último _ em maio de 2013. A previsão era de que toda a obra fosse concluída em 2015.(ClicRBS)
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