Um novo normal
Vivemos um período existencial caracterizado por comportamentos exóticos e agressivos sob muitos aspectos considerados.
Ao lado da pandemia
exterminadora de Covid-19, há os impositivos de adaptação, a fim de evitarmos o
contágio perigoso.
Padrões de conduta
rigorosa nas linhas da higiene severa são impostos de forma a diminuir e mesmo
evitar o contágio da peste, embora não levados em consideração, em face dos
hábitos singulares de rebeldia das inumeráveis criaturas, acostumadas a
comportar-se conforme melhor lhes apraz.
As recomendações de
cuidados nos relacionamentos são desconsideradas, e os grupos renitentes
prosseguem desafiadores.
No desespero que se
estabelece, como mecanismo de fuga, surgem as condutas estranhas, alguns crimes
recebendo legalidade e os blocos de desafiadores propondo um novo normal,
mediante uma filosofia de negação do ético, assim como do moral, que faculta,
aos instintos básicos, predominância. Tal reação desumaniza o indivíduo, que
volve à condição primária da nudez agressiva, com toques exclusivamente
sensuais, ao desrespeito à ordem, típico da ignorância e da brutalidade, não
estabelecendo limites ao que denomina como liberdade, com total desrespeito ao
direito do outro.
Tudo quanto
anteriormente constituía dignidade, significava a identificação com valores de
elevação e de compostura vem sendo derrubado, culminando em alienações e as
agressões ao corpo, à emoção e à psique, é substituído pelo direito do prazer
de cada cidadão viver conforme as suas aspirações.
Inevitavelmente, os
exageros pelos cuidados com o corpo por grande parte da sociedade competem com
o abandono a ele, dando lugar aos fantasmas que deambulam pelos antros infectos
das drogas e do sexo pervertido.
As religiões são
combatidas, tenazmente, em face dos males praticados por algumas delas no
passado, e os seus líderes, fundadores e crentes são levados ao escárnio em
situações deploráveis.
Numa análise perfunctória
das civilizações, observamos que, antes da decadência de algumas que dominaram
o mundo ou parte dele, antes de serem consumidas pelos desastres, viveram essas
mesmas tragédias oriundas na decadência moral, sucumbindo sob a desordem.
Jesus Cristo propôs um
novo normal, que oferecia paz e plenitude, mas que a sociedade inverteu nas
suas imposições apaixonadas e vis, chegando-se a este resultado trágico. O
fanatismo e o autoritarismo dos seus líderes mataram a beleza e a estrutura do
amor que lhes serviam de alicerce.
Na atualidade, o
Espiritismo ressuscita o Evangelho, e um novo normal restaura a esperança de
existência feliz.
Fonte: Por Divaldo Pereira Franco – Professor, médium e conferencista espírita.
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