O deputado Zé Nunes (PT) manifestou apoio ao jejum que representantes de movimentos sociais do Rio Grande do Sul deflagraram nesta quarta-feira (13) como forma de protesto contra a proposta de Reforma da Previdência enviada pelo governo de Michel Temer. O protesto, na esplanada da Assembleia Legislativa, Em Porto Alegre, está sendo chamado pela Frente Brasil Popular, Via Campesina, CUT, Levante Popular da Juventude, FeteeSul, Pastorais Sociais da CNBB, pelo Serviço de Justiça, Paz e Integridade - CRB, ESTEF, CEBI e a Província Franciscana do RS. O jejum permanecerá pelo tempo que Temer insistir em aprovar no Congresso Nacional a proposta da Reforma da Previdência.
Assim como em Porto Alegre, o jejum mobiliza outros estados brasileiros - Santa Catarina, Bahia, Sergipe e no Distrito Federal, em Brasília. Na capital federal, no prédio da Câmara dos Deputados, a manifestação já completa nove dias e conta com a participação do ex-deputado gaúcho e religioso Frei Sérgio Görgen.
Zé Nunes afirma que a toda a sociedade deve estar atenta e mobilizada para evitar a aprovação da “antirreforma” proposta pelo governo federal este ano e redobrar o cuidado a partir de fevereiro de 2018, caso o projeto não vá a plenário ainda em dezembro. Na opinião do parlamentar, o projeto visa a privatização da seguridade social e penaliza todos os trabalhadores. Além disso, ele critica o desmembramento das mudanças para trabalhadores urbanos e rurais, avaliando se tratar de estratégia para fragilizar a reação dos agricultores familiares. Nunes lembra, ainda, que a CPI da Previdência Social realizada no Congresso Nacional provou que a seguridade social não é deficitária e que o governo Temer aumentou para 30% a percentual da DRU (Desvinculação de Receitas da União), que permite a aplicação desta parcela dos recursos arrecadados de empresas e trabalhadores em áreas do Estado que não a Previdência.
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