Segundo os Sem Terra, somente a desapropriação das áreas ofertadas seria suficiente para assentar o passivo de famílias acampadas no estado
Foto: Audiência com Incra. Crédito: Leandro Molina
Durante audiência realizada na manhã desta terça-feira (20), com uma comissão de dirigentes do MST, o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra/RS), Roberto Ramos, reafirmou o compromisso do instituto em vistoriar as áreas ofertadas no Rio Grande do Sul, para o assentamento das famílias acampadas.
Para o MST, a desapropriação das áreas ofertadas seria suficiente para assentar todas as famílias acampadas no estado. “Se o Incra adquirir somente as áreas, que no momento se encontram ofertadas no estado seria possível assentar todas as cerca de 2.300 famílias acampadas no RS hoje”, explica o integrante da coordenação estadual do MST, João Onofre.
Os Sem Terra também cobraram a desapropriação das três fazendas ocupadas pelo MST esta semana no estado, para fins de reforma agrária. Segundo Ramos, em relação às áreas ocupadas o Incra está aguardando a manifestação dos proprietários para o início das negociações, mas tem interesse em adquirir e transformar em assentamento.
Entre o último domingo (18) e esta segunda-feira (19), cerca de mil famílias do MST ocuparam latifúndios improdutivos nos municípios de Santana do Livramento, entre os assentamentos São João do Ibicuí e Dom Camilo; em São Lourenço do Sul, a fazenda Sol Agrícola e em Pelotas, a fazenda Santana, localizada na Colônia de Pescadores Z3.
Também estiveram presente na audiência o deputado estadual do Partido dos Trabalhadores, Edgar Pretto e o prefeito de Santana do Livramento, Glauber Lima, que reivindicou melhorias para os assentamentos e cobrou a criação de novos assentamentos no município.
Os Sem Terra denunciam que as fazendas ocupadas são improdutivas e prometem permanecer acampados nos locais até que o Incra resolva o problema das famílias acampadas no estado.
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