terça-feira, 4 de julho de 2017

Painel RBS discute soluções para a conclusão da BR-116

A causa que une forças de toda a região ganhou nova visibilidade nesta terça-feira (4) com a realização do Painel RBS Notícias sobre a conclusão da duplicação da BR-116 Sul. O encontro na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), mediado pelo jornalista e apresentador Elói Zorzetto, faz parte da programação de 45 anos da emissora em Pelotas. 

          A prefeita Paula Mascarenhas foi uma das painelistas, junto ao presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas, Gilmar Bazanella, o chefe da 7ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), José Dourado, e o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hiratan Pinheiro da Silva. Os convidados responderam questionamentos do jornalista e do público presente no auditório Dom Antônio Zattera. 

          A execução das obras está em 50%. Para a conclusão, são necessários R$ 660 milhões. Paula convidou as lideranças a pressionarem pela liberação de recursos. “A duplicação é a obra pública mais importante do Estado, tanto por sua relevância econômica, quanto pela urgência em salvar vidas”, disse. A União assegurou a destinação de R$ 90 milhões (R$ 59 milhões previstos para 2017 mais sobras orçamentárias) para os trabalhos na rodovia neste ano. 

          A prefeita pretende voltar à Brasília em agosto para uma nova visita aos Ministérios do Planejamento e dos Transportes. Além disso, os deputados gaúchos na Câmara sinalizaram uma emenda de bancada no valor de R$ 150 milhões para a finalização da estrada. 

          O chefe da PRF apresentou dados alarmantes sobre os acidentes deste ano na BR-116 Sul, típicos de rodovia de pista simples. “O número de vítimas fatais tem aumentado ano após ano sem a duplicação. Até agora, foram 154 acidentes, sendo onze mortes – a maioria resultados de colisões frontais de ultrapassagens mal realizadas”, analisou. Os lotes de Turuçu e Barra do Ribeiro são os trechos mais perigosos e que registram a maioria das ocorrências.

          O superintendente do Dnit lembrou que o contrato de obra foi assinado em 2012, e a destinação de verbas para a obra começou a diminuir em 2015. Em 2016, o recurso foi zero, mas em 2017 ganhou novo fôlego. Agora, o principal entrave com as empreiteras é o não pagamento do seguro do contrato (de 5% do valor da obra). “Algumas empresas estão com dificuldades financeiras ou inseguras do investimento, por isso, estamos fazendo um remanejo orçamentário para tocar a duplicação em lotes sem problemas contratuais, como a do lote 9, no acesso a Pelotas. Sendo otimista, a obra se encerra em 2019 ”, explicou Hiratan. 

          Alguns prefeitos da região sul expuseram suas aflições e mostraram-se mobilizados pela causa, como os representantes de Turuçu, Selmira Fehrenbach, Cristal, Fábia Ritcher, e de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer. O ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite, sugeriu a viabilização de parcerias público-privadas, através de concessões, para o término da rodovia.

          O vice-presidente editorial do Grupo RBS, Marcelo Rech, elogiou o movimento Juntos pela BR-116 Sul. “Todas as lideranças regionais estarem unidas pela BR já é uma enorme conquista. A RBS assumiu o compromisso de lutar por essa bandeira, custe o tempo que custar para a conquista dessa causa”, garantiu. (Prefeitura de Pelotas)

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