A Delegacia de Polícia de Tapes/RS concluiu as investigações relativas ao caso do Assessor da Câmara de Vereadores acusado de racismo.
O caso ocorreu no dia 31/10, ocasião em que o suspeito se dirigiu a um colega de trabalho, o qual é negro, e disse: MORENOS SÃO VAGABUNDOS, NÃO GOSTAM DE TRABALHAR, E NÃO TÊM FOCO. Após ser confrontado, o suspeito disse que o colega era exceção, pois era trabalhador, diferentemente do RESTO das pessoas negras.
Percebendo o erro, o suspeito tentou corromper a vítima, oferecendo-lhe um jantar no melhor restaurante da cidade. Não satisfeito, jogou um envelope sobre a mesa da vítima, o qual continha a quantia de R$ 150,00.
Os investigadores realizaram diligências, sendo o dinheiro apreendido e fotografado. Testemunhas foram ouvidas. O investigado, que também é Advogado, foi interrogado, dizendo-se injustiçado, pois exonerado sem direito à defesa.
Havendo notícias de outras vítimas que também foram ofendidas em razão de sua raça ou cor, os policiais conseguiram localizá-las, entretanto, não quiseram formalizar o registro, sob medo de não conseguirem mais empregos na cidade.
O Delegado Luciano Rodrigues esclarece que a Lei 7.716/89 define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. Houve o indiciamento pelos crimes de Injúria Racial (pena de 2 a 5 anos de reclusão) e Prática de Discriminação ou Preconceito (pena de 1 a 3 anos de reclusão). A pena deverá ser aumentada, pois o crime foi cometido por Funcionário Público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário