O diretor da Região Sul do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Sclowitz, reuniu-se na tarde desta quinta-feira,30, com a Promotora de Justiça de São Lourenço do Sul Cristiana Müller Chatkin. Na pauta do encontro, que aconteceu na sede da Promotoria de Justiça (MP/RS) da cidade, foram detalhadas situações acerca da grave crise financeira da Instituição, os descumprimentos de inúmeros acordos e propostas realizadas para dirimir problemas dos atrasos de honorários, algo que se tornou crônico e histórico no Hospital.
Os médicos que prestam serviços junto à Santa Casa, atualmente, estão com os honorários atrasados referentes a setembro e outubro de 2023. Outro ponto abordado foi a falta de informações e diálogo com a nova gestão, após a destituição de toda a administração anterior, inclusive membros da Provedoria. Diante do cenário de caos, e falta de esforço por parte do município, que atualmente gere a Santa Casa, em juntar esforços para debelar o agravamento, os médicos sinalizaram, extra-oficialmente, o indicativo de suspensão das atividades eletivas e consultas pré-operatórias. O período vislumbrado é 01 de janeiro de 2024, caso não haja apresentação de resolutividade dos atrasos e cumprimento de um acordo por parte do tomador dos serviços médicos.
Tais informações foram repassadas à Promotoria de Justiça, a fim de que se abra uma mesa de negociação, tendo como foco o saneamento dos valores inadimplentes, programação e projeção de quitação do honorários futuros e o plano de reestruturação financeira, além da formalização dos contratos de prestação de serviço junto aos profissionais. Cristiana Müller Chatkin sugeriu como alternativa para o caso seria o acionamento do Núcleo de Autocomposição do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (Mediar/MPRS).
_“O Simers está buscando o que é de direito dos profissionais, que mesmo diante dos inúmeros percalços, não deixam de exercer suas funções, porém, o médico é um profissional e ser humano como qualquer um. Eles pagam contas, têm família e necessidades básicas que precisam ser honradas. É inadmissível os profissionais conviverem com essa calamidade. Enquanto Sindicato, seguiremos vigilantes e sempre abertos ao diálogo, tendo como última alternativa a suspensão dos atendimento eletivos em 1º de janeiro. Não é a melhor saída, mas é o único meio de fazer a comunidade médica ser respeitada. Lamentamos pelos pacientes, mas inclusive eles acabam por compreender que a situação da Instituição é insustentável”_, explicou Marcelo Sclowitz.
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