Cabeça, Cocão, Cocudo, Ronaldo. Até Mini Craque, que é o apelido interno na seleção. Ou simplesmente Peglow. O destaque do Brasil na estreia do Mundial Sub-17 atende por várias alcunhas. Faz jus ao perfil de coringa que assumiu na seleção de Guilherme Dalla Déa. Um camisa 10 que pode atuar no meio, na ponta e como centroavante. E fez dois gols e participou de outro na goleada por 4 a 1 contra o Canadá.
Ele é relativamente baixo, com 1,72m, mas é artilheiro. Sem Reinier, é o máximo goleador do Brasil sub-17 na trajetória até o Mundial. Chegou a nove gols em 19 jogos durante todo o ciclo. Era o camisa 9 no Sul-Americano. Virou o 10 na ausência do meia rubro-negro. E se mostrou à vontade. Tanto que os dois gols não eram novidade para ele, que prometeu tal desempenho. “É fantástico (estrear com goleada), fazer dois gols ainda mais. Fiquei muito feliz, até falei com meus colegas que ia fazer dois gols hoje. Então fiquei muito feliz”, revelou.
Mas cabe outra promessa para o jogo contra a Nova Zelândia na próxima terça? Ele é cauteloso.
– Vou esperar um dia antes, né? Para falar melhor – declarou.
Peglow é atacante do Internacional e torcedor colorado. Em entrevista ao site da CBF, disse que seria skatista caso não fosse jogador de futebol. Mas assinou seu primeiro contrato profissional em março do ano passado, com duração até 2021. A multa rescisória é de € 60 milhões (R$ 266 milhões, na cotação atual). Seus arranques e finalizações fortes indicam: a maior referência é um certo português.
Sua postura de, digamos, extrema segurança no próprio potencial não é recente. É visto desde cedo. O pai de Peglow, Jorge, confidenciou que sempre incentivou o filho a mostrar sua paixão pelo futebol. Mesmo que isso custasse os móveis e vidraças de sua pizzaria.
– Com três, quatro anos, já era nojento. Incomodava. Eu tinha uma pequena pizzaria, e ele jogava muito lá dentro com os motoboys, quebrava vidro, quebrava tudo. Uma vez, um cliente falou: ‘como você deixa seu filho quebrar tudo dentro de casa?’ Eu falei: ‘mas isso não tem problema, um dia vai ter retorno’ – declarou Jorge, em entrevista ao “Globo Esporte”
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