O ano que passou apresentou como reflexo da forte crise econômica que o país enfrenta o crescimento do número de brasileiros negativados. Na região Sul, que congrega o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, 2016 fechou com quase oito milhões de consumidores inadimplentes, de acordo com levantamento realizado pelo SPC Brasil.
O indicador mostra que 35,8% da população adulta dos três estados possui algum tipo de pendência financeira, estando registrada em lista de inadimplentes. Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, gestora estadual do SPC, Vitor Augusto Koch, são dados preocupantes e que demonstram como atitudes equivocadas do governo mexem, de forma negativa, com a economia brasileira e com o orçamento de milhões de pessoas em todo o país.
- A presença em uma lista de inadimplente traz prejuízos muito grandes para o cidadão, que enfrenta dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos e contrair crédito. O cenário recessivo da economia brasileira reduziu a capacidade de pagamento da população, mostrando seu lado mais obscuro - destaca o presidente da FCDL-RS.
Se a região Sul fechou 2016 com quase oito milhões de consumidores inadimplentes, no país a soma chegou a 58,3 milhões, um acréscimo de 700 mil nomes a mais do que em janeiro do último ano. A notícia menos ruim do estudo do SPC Brasil, na avaliação de Vitor Augusto Koch, é que entre as cinco regiões do país o Sul apresentou a maior queda do número de consumidores inadimplentes em 2016, com recuo de 3,99%. Em 2015, havia ocorrido o crescimento de 5,10%. Em relação ao número médio de dívidas, a comparação entre dezembro de 2015 e o mesmo mês de 2016 mostra que houve queda, de 2,34 para 2,26 débitos no período, representando - 7,04%.
As dívidas por setores da economia também tiveram queda, sendo a mais significativa a de água e luz (-45,60%), seguida por comunicação (-18,45%) e comércio (-6,41%). Em ternos de participação nas pendências, os bancos são os maiores credores, representando 47,28%, vindo a seguir o comércio, com 23,62% do total.
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