Uma investigação de mais de um ano resultou em uma operação policial conjunta contra um grupo criminoso envolvido em lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar no sul do Estado. Na manhã desta quinta-feira, 19 de setembro, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da Delegacia de Canguçu e da 2ª DP de Pelotas, deflagrou a Operação "Sorte Nossa", com ações simultâneas em São Lourenço do Sul e Camaquã. A operação resultou na apreensão de diversos elementos de prova para o Inquérito Policial, além de veículos de luxo, dinheiro e armas. Os valores das apreensões ultrapassam R$ 1 milhão. Um homem foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo.
Durante a ação, foram apreendidas 42 ceduleiras (equipamentos utilizados em máquinas caça-níqueis), três armas de fogo e R$ 64 mil em dinheiro e cheques. A ostentação dos investigados, sustentada pelas atividades ilícitas, ficou evidenciada com a apreensão de carros de alto padrão, incluindo um Camaro, um Mustang, um Corolla, uma S-10, uma Montana, duas Amaroks, e uma motocicleta BMW.
A Delegada substituta de Canguçu, Márcia Chiviacowsky, que comandou a operação, destacou a relevância da ação no combate a crimes de lavagem de dinheiro e suas consequências sociais. "É fundamental desmantelar essas redes de jogos de azar, que não apenas alimentam o crime organizado, mas também sustentam um estilo de vida de ostentação e ilegalidade. O dinheiro que poderia estar circulando de forma lícita, gerando empregos e desenvolvimento, acaba sendo utilizado para fortalecer atividades criminosas", afirmou a Delegada.
As investigações apontam que os suspeitos viviam uma rotina de luxo, financiada pelos lucros provenientes dos jogos de azar e pela prática de lavagem de dinheiro. A Delegacia de Canguçu, em conjunto com a 2ª DP de Pelotas, conseguiu mapear o esquema ao longo de mais de um ano de apurações detalhadas, com o trabalho de investigação e de inteligência policial. A Operação "Sorte Nossa" demonstra como a apuração de longo prazo pode trazer resultados significativos no combate ao crime organizado. “A apreensão de mais de R$ 1 milhão em bens dos investigados é um duro golpe para a estrutura financeira deles. Essa operação reforça o compromisso da Polícia Civil com o desmantelamento de redes criminosas que geram danos à sociedade."
Com os diversos elementos apreendidos hoje, inclusive smartphones dos suspeitos e cadernos com anotações financeiras, as Delegacias responsáveis pela investigação acreditam na possibilidade de novas fases, identificando outros possíveis envolvidos no esquema. O preso de hoje foi solto após o pagamento de fiança.
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