Até o dia 20 de dezembro, o governo federal vai publicar o edital do primeiro Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Chamado de “Enem dos concursos”, o certame será uma prova única, aplicada concomitantemente em 179 municípios brasileiros, seguindo os moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Ao todo, a seleção vai oferecer 6.640 vagas, sendo 5.948 destinadas para quem tem Ensino Superior e 692 para nível médio. Os salários podem chegar até R$ 22,9 mil. Haverá provas em 39 cidades na região Norte, 54 no Nordeste, 20 na região Centro-Oeste, 44 no Sudeste e 23 no Sul. O modelo de prova única e nacional foi desenvolvido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A Fundação Cesgranrio é a banca escolhida para realização do exame, e deve elaborar o edital com requisitos, vagas, salários, conteúdo programático, formato de inscrição, critérios de seleção, data e locais das provas. A avaliação está prevista para acontecer até março de 2024. Confira mais informações sobre o CPNU abaixo.
Onde serão as provas no RS?
O Concurso Nacional Unificado será realizado em nove municípios do Rio Grande do Sul. Na lista divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos constam Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Bagé, Uruguaiana e Santo Ângelo. Outras oito cidades no Paraná e seis em Santa Catarina completam as 23 sedes na região Sul.
O que muda com o novo formato de concurso?
A grande novidade da criação do CNU é a permissão para que os candidatos concorram, a partir de uma mesma prova, a diversas vagas abertas em órgãos públicos federais, incluindo ministérios, agências, autarquias e entidades do governo federal. Para isso, no entanto, a área de atuação deve ser a mesma.
Conforme o decreto que dispõe sobre o CNU, valem para o concurso as mesmas políticas de ações afirmativas aplicáveis aos concursos públicos federais. Ou seja, 5% do total de vagas dos cargos em cada localidade serão destinadas a candidatos com deficiência; 20% das vagas para candidatos negros; e 30% das vagas para cargos da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em cada localidade para candidatos de origem indígena.
Quais são as datas do concurso?
Edital: divulgação até dia 20 de dezembro
Provas: previsão de realização até março de 2024
Resultados: os candidatos aprovados na primeira fase devem ser conhecidos até o fim de abril de 2024
Cursos de formação: devem ser realizados em junho e julho de 2024
Posse dos novos servidores: até agosto de 2024
Como serão as inscrições?
O formato de inscrição ainda está sendo validado com os órgãos e entidades públicas que aderiram ao Concurso Nacional Unificado. A proposta do Ministério da Gestão é que, no momento da inscrição, os candidatos deverão escolher uma das áreas de atuação disponíveis. As áreas foram divididas em oito blocos temáticos: Administração e Finanças Públicas; Agências Reguladoras e Infraestrutura; Agricultura e Meio Ambiente; Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação; Políticas Sociais, Justiça e Saúde; Trabalho e Previdência; Dados, Tecnologia e Informação; e nível médio de formação.
Em seguida, os participantes deverão indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas. Assim, o candidato será encaminhado para realizar a prova objetiva (comum a todos os candidatos) e a respectiva prova específica (objetiva e dissertativa) na área escolhida. As questões específicas serão definidas pelas comissões organizadoras dos determinados órgãos e entidades públicas. Será permitida somente uma inscrição por CPF. Também será necessário pagar uma taxa. As informações completas serão divulgadas no edital.
Qual o objetivo do CNU?
O novo formato de concurso público promete agilizar a contratação de novos servidores. Segundo o Ministério de Gestão e Inovação, a iniciativa busca promover oportunidades iguais de acesso aos cargos públicos efetivos, padronizar os procedimentos de aplicação das provas e aperfeiçoar os métodos de seleção e contratação de servidores públicos, de modo a priorizar as qualificações necessárias para o desempenho das atividades inerentes ao setor público, bem como zelar pelo princípio da impessoalidade na seleção dos candidatos em todas as fases e etapas do certame. (GZH)
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