Na última sexta (30/04) aconteceu uma reunião de trabalho da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana da AL-RS, que é coordenada pela deputada estadual Luciana Genro (PSOL). Estiveram presentes lideranças religiosas de todo o estado, bem como representantes de entidades organizadas em defesa dos povos tradicionais e de terreiro e partidos políticos que defendem a pauta.
O encontro, que foi o primeiro de 2021, foi motivado pelo crescente número de casos de intolerância religiosa no estado. Foram acolhidas denúncias sobre episódios registrados em Passo Fundo e Canguçu. O espaço para explanação sobre a reprovação do Conselho Municipal do Povo de Terreiro, em Canguçu por parte da Câmara Municipal, foi representado pelo jornalista Augusto Pinz que fez um relato sobre a situação, os problemas enfrentados e as falas preconceituosas durante as justificativas da votação. O fato causou perplexidade aos participantes pela negativa de um Conselho de direitos. O mandato da deputada Luciana Genro encaminhará, via Frente, um observatório da intolerância religiosa no estado. A ideia é de que os dados que serão levantados sejam compilados em uma publicação para distribuição gratuita.
Luciana Genro ressaltou a importância da retomada dos trabalhos da Frente. “Com o governo Bolsonaro e o aumento da violência contra esses povos, é fundamental que a Frente esteja articulada servindo de amparo aos movimentos sociais para a sua organização e pareceria na luta,” destacou a deputada.
O Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSAN/POTMA apresentou a demanda da insegurança alimentar dos povos de terreiro. Eles possuem um registro de mais de 1500 famílias vinculadas, que precisariam estar recebendo amparo institucional.
Na oportunidade as deputadas Luciana Genro e Sofia Cavedon informaram a solicitação de uma audiência pública a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Estado para debater a Violência da Fome e o Direito dos Povos de Matriz Africana à Segurança Alimentar, em que estejam presentes representantes de entidades representativas, bem como do governo do estado, Ministério Público e Defensoria Pública.
*Com informações da assessoria da deputada Luciana Genro (Psol)
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