Pouco mais de quatro meses depois do fim do acordo do Brasil com Cuba, que resultou na saída dos médicos estrangeiros que atuavam no país, municípios brasileiros sofrem com a falta de profissionais, que, diante da realidade estrutural de nossas unidades de saúde, desistem da vaga. De acordo com o deputado estadual Zé Nunes (PT), o governo brasileiro contratou 7.120 médicos em janeiro, e 1.052 já desistiram das vagas. “E o pior, não há perspectivas de novas contratações”, declarou.
No Rio Grande do Sul são 292 cidades que perderam médicos cubanos, 92 destas seguem desassistidas. “Aproximadamente dois milhões de gaúchos foram impactados com a defasagem de médicos, que chega a 144 profissionais. O Estado chegou a contar com 617 médicos cubanos em 2018. A ausência deles têm refletido diretamente na sobrecarga de hospitais regionais e unidades básicas de saúde. Consultas, procedimentos básicos e atendimentos domiciliares estão atrasando ou sendo cancelados”, lamentou o parlamentar.
O Programa lançou o desafio de levar saúde para os lugares mais distantes, de maior risco, pequenas vilas no norte e nordeste brasileiro. Envolveu 8,5 mil médicos e 29 milhões de pessoas atendidas, com aprovação de 85% dos usuários no Brasil.
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