Especialista do Fertilitat - Centro de Medicina Reprodutiva explica como é realizado o procedimento
No Novembro Azul costuma-se falar sobre a importância da preservação da saúde do homem e nada mais justo que acompanhado do tema esteja um dos procedimentos urológicos mais realizados: a vasectomia. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o número de vasectomias no país cresceu mais de 300% entre 2001 e 2017, os números pularam de 7,7 mil homens para 34 mil que realizaram a operação no período.
No Brasil, a esterilização cirúrgica está regulamentada pela Lei nº 9.263/96 que trata do planejamento familiar. O artigo 10 estabelece os critérios e as condições obrigatórias para a sua execução.
De acordo com a norma, somente é permitida a esterilização voluntária em homens com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos. Mas, ainda hoje, muitas pessoas que se submetem ao processo se arrependem de sua decisão no futuro.
As principais causas de arrependimento são por novo matrimônio, desejo de mais filhos com o mesmo parceiro ou a perda de um filho. No procedimento de reversão da vasectomia é preciso reconectar as duas extremidades dos deferentes (condutos por onde trafegam os espermatozoides) cujo sucesso depende de vários fatores, incluindo a técnica que foi utilizada para a vasectomia.
O urologista Claudio Telöken, do Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva, explica que o espermatozoide é móvel ainda no interior do testículo mas não dispõe de competência para migrar sozinho até as vesículas seminais. A reconstituição da passagem pelo deferente é efetuada com o uso do microscópio, usando fios cirúrgicos muito finos e material de microcirurgia. A anestesia pode ser local ou sedação em regime ambulatorial. O maior índice de sucesso ocorre após 5 anos do procedimento.
“Entretanto poderá ser efetuada em qualquer período, sabendo-se que quanto mais tempo do procedimento realizado menos sucesso terá a reversão”, comenta Telöken. Após 20 anos, os casos de insucesso maiores são associados ao estilo de vida, sobretudo ao tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, obesidade, etc.
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