Estudo realizado pelo SPC Brasil mostra impactos na conta de luz e nas compras mensais de supermercados
A complicada situação econômica vivida pelo Brasil nos últimos meses traz reflexos negativos para a sociedade brasileira, afetando, por consequência, o varejo no país e no Rio Grande do Sul. Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) investigou quais são os maiores impactos desta situação na vida dos consumidores e mostra que os impactos são inegáveis no bolso: 80,4% afirmaram sentir aumento na conta de luz e 69,1% nas compras mensais de supermercado. Estas também são as despesas que tiveram os maiores aumentos, com cerca de 33,4% e 27,4% de aumento médio na conta nos últimos 6 meses, respectivamente, segundo a percepção dos entrevistados.
- São reflexos da equivocada política econômica posta em prática pelos governantes, baseada em aumento de tributos e falta de investimentos para quem produz renda e emprego no Brasil. Acaba, pois, gerando desemprego, retração de consumo e temor da sociedade em não ter recursos financeiros para saldar seus compromissos - aponta o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Para o dirigente, os dados que a pesquisa apresenta são muito preocupantes e devem servir de sinal de alerta aos governantes. O estudo mostra que os brasileiros estão tendo que lidar, há vários meses, com inflação elevada, produtos e serviços mais caros e altas taxas de juros. E, mais da metade dos entrevistados aponta como causas principais para não conseguir quitar seus débitos fatores como não conseguir pagar as contas com o salário porque as coisas estão mais caras (17,5%), a diminuição da renda (15,7%) e a perda do emprego (11,0%).
- Hoje, vemos que o cidadão está buscando novos hábitos de consumo que se adaptem a esta nova e maléfica realidade. E, aí, quem sofre é o varejo, pois algumas opções das pessoas freiam gastos com refeições fora de casa e a compra de artigos como roupas, calçados, eletrodomésticos e automóveis, por exemplo - enfatiza Vitor Koch.
De acordo com o presidente da FCDL-RS, o país precisa repensar sua política econômica, criando condições para ter um mercado interno fortalecido, baixando impostos e juros para favorecer a produção, o consumo e o investimento.
- É preciso cortar e otimizar custos do setor público federal, dos estados e municípios para viabilizar a redução de impostos e por decorrência a queda do déficit público, o que leva à redução de juros e inflação. O empresariado e a sociedade clamam por ações que lhes traga de volta a fé no Brasil. É disso que necessitamos para voltar a ser uma nação forte e respeitada - reforça o dirigente.
Sem a adoção de medidas que fortaleçam o comércio, a indústria e o agronegócio, reforçando o poder de compra da população para reaquecer o consumo, avalia Koch, não há outra perspectiva para 2016 que não seja o aumento da recessão econômica que o país vive.
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