Uma das principais vozes do movimento negro no futebol brasileiro, o técnico do Bahia, Roger Machado, quer promover a negritude e a luta antirracista para muito além do esporte. O treinador é o mecenas de um projeto que pretende lançar 50 livros de autores negros e indígenas nos próximos cinco anos e, quem sabe, se tornar uma editora no futuro. Já em 2020 serão publicados 10 livros da coleção Diálogos da Diáspora que, graças ao financiamento do Projeto Canela Preta, de Roger, chegarão ao mercado com preço acessível para a parcela mais carente da população, formada em sua maioria por negros.
"Quando minhas filhas eram pequenas, eu procurava livros para elas, de literatura infanto-juvenil, com autores e personagens negros, e tinha dificuldade e encontrar. Essa inquietação cresceu quando li o livro da Chimamanda Adichie que fala do perigo da história única, como é prejudicial o país quando a história é contata só por um lado, o lado que detém os meios da produção do conhecimento", conta Roger.
A falta de espaço para autores negros no mercado editorial é mais um exemplo do racismo estrutural tão presente na sociedade brasileira. Para ter um livro publicado, um autor iniciante normalmente precisa colocar dinheiro do bolso e, mesmo assim, quando chega às prateleiras da livrarias, o livro tem um valor expressivo. Pelo projeto do Selo Diálogos da Diáspora, os custos de produção serão cobertos pelo financiamento do treinador. Um exemplar de 200 páginas que seria vendido por R$ 40 vai custar R$ 15. Os livros serão lançados pela Hucitec Editora, especializada em humanismo, ciência e tecnologia. O plano é que, a partir do ano que vem, seja aberto um edital para o recebimento de originais, que, por enquanto, devem ser enviados diretamente à Hucitec Editora.
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/olhar-olimpico/2020/08/18/roger-vira-mecenas-e-quer-publicar-50-livros-de-autores-negros-e-indigenas.htm?cmpid=copiaecola
"Quando minhas filhas eram pequenas, eu procurava livros para elas, de literatura infanto-juvenil, com autores e personagens negros, e tinha dificuldade e encontrar. Essa inquietação cresceu quando li o livro da Chimamanda Adichie que fala do perigo da história única, como é prejudicial o país quando a história é contata só por um lado, o lado que detém os meios da produção do conhecimento", conta Roger.
A falta de espaço para autores negros no mercado editorial é mais um exemplo do racismo estrutural tão presente na sociedade brasileira. Para ter um livro publicado, um autor iniciante normalmente precisa colocar dinheiro do bolso e, mesmo assim, quando chega às prateleiras da livrarias, o livro tem um valor expressivo. Pelo projeto do Selo Diálogos da Diáspora, os custos de produção serão cobertos pelo financiamento do treinador. Um exemplar de 200 páginas que seria vendido por R$ 40 vai custar R$ 15. Os livros serão lançados pela Hucitec Editora, especializada em humanismo, ciência e tecnologia. O plano é que, a partir do ano que vem, seja aberto um edital para o recebimento de originais, que, por enquanto, devem ser enviados diretamente à Hucitec Editora.
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/olhar-olimpico/2020/08/18/roger-vira-mecenas-e-quer-publicar-50-livros-de-autores-negros-e-indigenas.htm?cmpid=copiaecola
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