As perdas no setor primário devido às chuvas do mês de abril já ultrapassam R$ 500 milhões na Região Sul do estado, segundo levantamento da Emater/ASCAR. Em São Lourenço do Sul, o prejuízo ultrapassa R$ 100 milhões. Para tratar danos causados pelas chuvas no município, o prefeito Daniel Raupp participou na manhã de quinta-feira (28) de uma reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, convocada pelo deputado estadual Zé Nunes (PT). Raupp entregou a comissão o relatório com as perdas do município.
O alto índice de chuvas durante o mês, que já atingiu o triplo do previsto para abril, prejudica a recuperação da infraestrutura urbana e rural, além de comprometer a produção agrícola. Até o momento, a Emater/ASCAR aponta uma perda de mais de R$ 100 milhões. O maior prejuízo foi registrado na colheita de soja, uma perda de 70%, ou seja, R$ 49 milhões. As culturas de fumo, milho e arroz, assim como bovinos de leite, olericulturas e roticulturas também registraram grandes prejuízos. Na infraestrutura rural, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural levantou danos em pontes, estradas e bueiros.
Foto: Diego Freitas/DECOM
Sensibilizado pelos prejuízos causados aos produtores pelo excesso de chuvas, além das dificuldades para manutenção da infraestrutura rural, o prefeito Daniel Raupp deve decretar situação de emergência na tarde de quinta-feira (28). O chefe do executivo participou de diversas reuniões durante as últimas semanas, visando buscar alternativas junto ao Governo do Estado.
Na oportunidade, o prefeito Daniel Raupp também participou de uma audiência pública sobre a pesca de bagre na Laguna dos Patos. O presidente da Federação dos Pescadores do Rio Grande do Sul, Vilmar Coelho explanou sobre a situação dos pescadores gaúchos. A pesca é outra atividade que tem registrado perdas em São Lourenço do Sul. Segundo a Colônia de Pescadores Z8, o prejuízo é estimado em R$ 2 milhões.
A safra de camarão, tainha e corvina está comprometida desde 2013. Com o excesso de chuvas, não ocorre a salinização na Laguna dos Patos, o que impossibilita a pesca destas espécies. Segundo a Colônia de Pescadores Z8, restam o bagre e o linguado. A pesca de bagre está proibida por decreto.
De acordo com a entidade, a um mês do período de defeso, os pescadores têm acumulado dívidas, pois o que se pesca não tem pago os custos. Atualmente, o município conta com 60 embarcações e 180 pescadores licenciados para exercer a atividade.
A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo encaminhara um ofício à Fundação Zoobotânica do RS questionando os métodos utilizados para chegar à conclusão do seu estudo que está atingindo os municípios que dependem da pesca
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