Matéria publicada nesta terça-feira (23/06/2020) no jornal Diário Gaúcho (DG).
Aos 15 anos, Miguel Lima, morador de São Lourenço do Sul, na zona sul do Estado, deu início ao seu caminho na música. O princípio dessa jornada se assemelha bastante ao de vários artistas: começou na igreja.
Na época, o gaúcho, hoje com 31 anos, aprendeu a tocar violão e a compor em uma das paróquias da cidade. Mesmo que tivesse o sonho de seguir na música, Miguel não imaginou que os anos seguintes trariam boas surpresas para sua carreira.
Logo em seguida, tocou em uma banda local, que se apresentava em bares da região e mesclava pop, rock e reggae. Porém, notou que tinha acertado a mão quando decidiu seguir carreira solo, em 2010. Mesmo com a predominância, no cenário musical, do sertanejo e do funk, ele seguiu seu coração e
decidiu investir no pop.
– Embora não seja um estilo que domine a indústria, acredito que temos que trabalhar com o que gostamos, pois passa uma verdade para o público. Isso emociona as pessoas. Quando a música é boa, tem qualidade, mesmo que o estilo não seja aquele que está dominando no momento, vai chegar
nas pessoas – afirma Miguel.
Música em rádio
Em 2017, venceu uma votação online para participar de um show em Pelotas, o Facool Festival. Na época, o evento tinha apenas uma vaga para uma banda da região – os demais músicos eram todos contratados, além das atrações nacionais, como Armandinho e Vitor Kley.
– Naquele festival,conheci o Vitor Kley, antes de ele lançar a música O Sol. Achei massa ele estar lá, conversei muito com ele, queria aprender com quem estava fazendo sucesso, né? – lembra Miguel.
Um ano depois, ele acabou fazendo uma participação especial em um show de Vitor, em um momento que ele considera inesquecível.
– Fui no camarim dele, comentei sobre o festival do ano anterior, e ele lembrou. Perguntei se teria como fazer uma participação especial no show e acabou rolando. E, claro, ganhei muitos seguidores depois disso – comemora.
Ainda em 2018, ele foi selecionado para fazer um curso no Estúdio Midas, de Rick Bonadio, um dos mais famosos produtores musicais do país, e viu
sua carreira engrenar.
– Foi muito massa, nunca tinha ido para São Paulo nem andado de avião – relembra.
Com amplo repertório próprio, acompanhado de sua banda, que tem Fred Passos e Ícaro Freitas, o destaque vai para a canção Linda, que está na programação da Atlântida de Pelotas (95.3 FM). Assim, Miguel ganhou notoriedade na região e nas redes: seu clipe tem mais de 8 mil visualizações no YouTube. No Instagram, acumula mais de 7 mil seguidores.
– Tenho trabalhado de maneira muito focada com minhas músicas autorais. Acredito que ainda tem muito espaço para artistas do pop surgirem no país. Tem uma galera, como o Gaab, que conversa com o rap, por exemplo. E tem uma galera do rap que conversa com o pop, como o Oriente. Eles têm feito parcerias, isso me anima bastante – finaliza
Nenhum comentário:
Postar um comentário