As atividades da rede municipal de educação foram retomadas nesta segunda-feira (24). Paradas desde o dia 12, após a falência da Labor Serviços de Asseio e Conservação Ltda, anunciada no dia 10, as aulas das 69 escolas da zona urbana estão normalizadas. Além disso, as 50 Unidades Básicas de Saúde (UBS) também estão com atividades regularizadas, apesar de não ter havido interrupção nos serviços. A Caroldo Prestação de Serviços foi contratada para realizar os trabalhos. No total, 304 servidores serão contratados, segundo a prefeitura.
O contrato da prefeitura com a Caroldo para a educação terá duração de 180 dias. Serão 230 funcionários voltados a este setor. Já o contrato com a saúde irá durar 10 meses (até 12 de abril), com 74 servidores contratados. Eles possuem os valores de R$ 774,1 mil mensais para a educação (R$ 4,6 milhões globais) e R$ 236 mil mensais para a saúde (R$ 2,2 milhões globais).
As aulas na rede pública municipal ficaram paradas por seis dias letivos. Segundo nota em seu site, a prefeitura pretende recuperar as aulas perdidas encurtando o período de recesso escolar em julho. No Colégio Municipal Pelotense, o diretor Arthur Katrein diz que os quase três mil alunos voltarão do recesso três dias antes - em 29 de julho, ao invés do dia 1º de agosto. O restante será recuperado ao longo do restante do ano letivo.
Nesta segunda-feira, durante a retomada de aulas, o diretor mostrou-se satisfeito com a agilidade em que a questão foi resolvida. Dos 13 funcionários da limpeza terceirizados pela Labor, 12 retornaram à escola, com a décima terceira vaga também sendo suprida. Ao site da prefeitura, o secretário de educação Arthur Corrêa afirmou que "quase a totalidade dos funcionários ligados à Labor foi contratada pela empresa atual, contemplando o pedido da prefeitura para que os trabalhadores não fossem prejudicados pela rescisão".
Para a funcionária Maria de Lurdes Coutinho, o fato de ter sido recontratada foi surpreendente, mas motivo de comemoração. "A gente está mais tranquilo, mas a preocupação continua". Ela diz não ter informações quanto ao recebimento dos valores devidos pela Labor. Quanto aos trabalhos, a situação após mais de duas semanas sem limpeza na maior escola pública da América Latina era crítica. "Estava um caos. Bastante poeira, sujeira (…) aos poucos a gente vai retomando e limpando a escola". Só no pátio, quatro sacos de folhas secas foram retirados pela manhã.
Retomada também na saúde
Embora as atividades nas UBSs não tenham sido paralisadas, os terceirizados voltaram a atendê-las também ontem. Segundo o secretário Leandro Thurow, durante as duas semanas entre a saída da Labor e a entrada da Caroldo, servidores de outras pastas municipais e a mão de obra prisional ajudaram a manter o setor funcionando. "Foi bem legal a articulação. Todos contribuíram dentro das suas limitações", pondera.
A enfermeira Therena Huth, da UBS Santa Terezinha, diz que os primeiros dias foram complicados, demandando certo esforço dos servidores de outros setores, e, por um breve momento, precisando interditar alguns setores, como os banheiros. No entanto, depois uma funcionária foi alocada por lá e tudo foi normalizado. "A gente contou muito com a colaboração da equipe". Ontem a servidora Jessiane Santos Gaia já trabalhava na limpeza da UBS. Também ex-funcionária da Labor, ela comemorou o fato de ter sido contratada pela Caroldo. (Diário Popular)
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