Entre os dias 24 e 28 de junho, a Ecovias Sul realizará bloqueios temporários no tráfego da BR-116 para viabilizar a próxima etapa das obras de reconstrução das pontes sobre os arroios Viúva Tereza (km 470), Corrientes (km 490) e Contagem (km 502). As intervenções são parte de um investimento de R$ 40 milhões, voltado à prevenção de danos estruturais e à garantia de segurança viária em períodos de chuvas intensas no Rio Grande do Sul.
As ações ocorrem após a conclusão das primeiras fases da obra, com a demolição das pontes antigas, a execução das fundações e da mesoestrutura, composta pelos pilares e pelas vigas de apoio. Agora, as equipes iniciam o lançamento das vigas longarinas, que compõem a nova estrutura das pontes.
Entre os dias 24 e 26 de junho, as vigas serão transportadas do km 490, local onde foram produzidas, até o km 502, onde serão colocadas por dois guindastes no seu local definitivo, na nova estrutura da Ponte Sobre o Arroio Contagem. Para garantir a segurança da operação, nas proximidades do km 502, serão realizados 15 bloqueios totais da pista, entre 8h e 18h, com duração máxima de 30 minutos cada. Em seguida, entre os dias 26 e 28 de junho, os trabalhos seguem no km 470, com a mesma operação e previsão de 10 bloqueios totais com no máximo 30 minutos de duração cada.
“Contamos com a compreensão de todos e reforçamos que essas ações são essenciais para o andamento seguro e eficiente da obra”, afirma o coordenador de Obras da Ecovias Sul, Márcio Joaquim Santos.
A reconstrução das três pontes faz parte de um projeto autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por meio da Deliberação nº 478/2024. Os estudos que embasaram a obra identificaram insuficiência de vazão hidráulica nas antigas estruturas, o que representava risco real durante períodos de cheias severas — como as registradas no Estado em 2023 e 2024. O projeto, em execução desde janeiro de 2025, tem conclusão prevista para fevereiro de 2026.
“As obras são fruto de um trabalho contínuo de monitoramento ao longo dos últimos anos, evidenciado após as enchentes recentes. As novas pontes são mais resilientes e adequadas às normas atuais, permitindo segurança e trafegabilidade mesmo em eventos extremos”, explica Miquéias Neuenfeld, gerente de Engenharia da Ecovias Sul.
Além do reforço estrutural, o projeto incorpora práticas sustentáveis, como o reaproveitamento de materiais demolidos. O concreto das antigas pontes foi triturado para uso como aterro, e o aço foi enviado para reciclagem, reduzindo emissões e a necessidade de extração de novos recursos.
A ANTT classificou as obras como emergenciais e o investimento não impactará as tarifas de pedágio. Os custos serão ajustados no processo de haveres e deveres do contrato de concessão do Polo Rodoviário de Pelotas, vigente até 3 de março de 2026.
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