quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Flor que não se cheira

Li a seguinte frase no perfil de um amigo: “Essa Flordelis não é flor que se cheire”. Também vi um post que anunciava uma palestra: “Como levar seu marido aos braços de Jesus”, com a palestrante Flordelis.
Em respeito aos que estão por fora do assunto, explico: Flordelis é uma deputada federal, também identificada como pastora evangélica, que segundo investigações, mandou matar seu marido! Se o marido foi para os braços de Jesus, isso não sei, só Deus o sabe! Mas, se as investigações de fato se confirmarem, a tal da Flordelis, não estava em Jesus, e, de fato, não é flor que se cheire.
Está escrito em 2 Co 2.15 que os seguidores de Jesus são o bom perfume de Cristo, um perfume que se espalha pelo ambiente! No entanto, bem sabemos que a natureza pecaminosa é pródiga em soltar gases nada agradáveis. Naturalmente cheiramos mal! Desculpe a palavra dura; mas é isso mesmo! Precisamos de um banho, precisamos de um perfume que vem de fora. Por isso esse discurso onde pessoas enchem a boca para dizer: “nós, pessoas de bem”, não tem um cheiro agradável. Esse discurso transpira farisaísmo. Para perceber melhor o cheiro, você mesmo pode ler o texto de Lucas 18.9-14, onde Jesus critica a postura de um fariseu que agradece por ser uma pessoa de bem, melhor que os outros! No texto só falta o fariseu gabar-se de sua humildade.

Aos ateus, que salivam de alegria ao criticar a fé cristã apontando para gente como a Flordelis, lembro que a fé cristã não está baseada em ícones humanos, pois todos cheiram mal. Pedro negou Jesus! Davi se enredou em grandes escândalos. O bom perfume está somente em Cristo. Por isso, aí daqueles que usam o bom nome de Jesus para enriquecerem ou se autopromoverem. Além disso, o próprio Senhor alertou que sempre haveria joio no meio do trigo; da mesma forma Paulo, ao olhar para igreja de Filipos disse que ali, entre os que se diziam cristãos, haviam alguns, que pela sua maneira de agir se tornaram inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.7).
João Batista dizia: Convém que “eu” diminua, e que “Jesus” cresça (Jo 3.30)! Somos convidados a nos esvaziarmos de nós mesmos (Mt 16.24), para estarmos cheios de Jesus e do seu perfume.
Quando um cristão, identificado como católico, evangélico, luterano, adventista ou sei lá o que, começa a se engrandecer, a apontar para si mesmo, lembre-se: “isso não é flor que se cheire! ”

Texto escrito no dia 26 de agosto por Ismar L. Pinz

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