terça-feira, 3 de junho de 2025

Infectologista rebate mitos sobre HIV

Recentemente, um caso chamou atenção nas redes sociais para o preconceito ainda presente em relação a pessoas soropositivas, ou seja, que portam o vírus HIV. Um cozinheiro chamado Djair Gomes relatou aos seguidores que vive com o vírus e acabou sendo demitido do restaurante que trabalhava. Ele, então, começou a vender comida por aplicativo, mas recebeu ataques de sorofobia (preconceito contra pessoas com HIV) de pessoas que diziam ter medo de comer alimentos entregues por ele.

O médico infectologista Fábio Amorim explica que existem apenas duas formas de transmissão do HIV (vírus da imunodeficiência humana) – que pode gerar a aids (síndrome da imunodeficiência adquirida): acidentes perfurocortantes e sexo desprotegido. O vírus pode ser adquirido caso haja um compartilhamento de materiais perfurantes com um portador que não esteja em terapia ou relação sexual sem camisinha também com uma pessoa não tratada.

O tratamento para HIV é feito com medicamentos antirretrovirais, como a lamivudina, tenofovir, dolutegravir e efavirenz, que são fornecidos gratuitamente pelo SUS e devem ser tomados de acordo com as orientações do médico. Eles atuam impedindo a replicação do vírus no organismo, podendo deixar a pessoa inclusive indetectável, ou seja, com uma quantidade tão baixa de vírus que laboratórios padrões não conseguem detectar e a transmissão deixa de acontecer. “Hoje temos terapia altamente eficazes e com poucos efeitos colaterais”, garante.

Por fim, Amorim afirmou que “o maior problema do portador de HIV é o preconceito”, alertando as pessoas sobre a importância de se conscientizar sobre o vírus. Com os tratamento adequados, o especialista garante: “É possível viver de ⁠absolutamente normal com perspectiva de longevidade semelhante a qualquer outra pessoa”.

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📸 Smith Collection/Gado/Getty Images

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