terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Fetag-RS e entidades representativas dos fumicultores assinam protocolo com JTI

 Em mais uma rodada de negociação pelo preço do tabaco, a Fetag-RS, juntamente com as demais entidades que representam os produtores de tabaco, firmaram acordo com a empresa JTI pelo terceiro ano consecutivo. A empresa apresentou proposta com 2,94% de ganho real ao produtor, totalizando 8% de reajuste em relação a safra passada.

Com isso, o valor do quilo do BO1 passa para R$ 22,46. A variação do custo de produção apurado do Virgínia foi de 5,06%. Já para o Burley, cuja variação do custo de produção apurado é de -1,77%, foi firmado acordo de um reajuste de 6,56%, não linear, em razão da criação de um plus em quatro classes que valorizam o tabaco de alta qualidade. Com a proposta, o produtor recebe um ganho real de 8,33%. O valor do B1 do Burley passa a valer R$ 20,01.

Não houve acordo com as demais empresas que participaram das reuniões, já que as propostas foram consideradas insuficientes.

A Fetag-RS saúda a postura da empresa JTI, que valoriza a comissão e os produtores, ao entender o bom momento do setor e dividindo os lucros para as famílias que se dedicam a atividade e que devem ser tratadas como parceiras das empresas.

O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que participou das reuniões, afirma que não serão assinados protocolos com empresas que não apresentem o custo de produção e percentual de ganho real ao produtor. “Vivemos um momento propício para isso. Temos uma safra menor, não há estoque de tabaco e o preço está aquecido no mercado. Os fatores contribuem para que produtores e indústrias tenham lucros. Não é justo que apenas um lado ganhe”.


Joel também ressalta que, no próximo dia 25, quando haverá mais uma rodada de reuniões, “as empresas que não estiverem dispostas cobrir o custo de produção, nem precisam comparecer, pois não haverá acordo. Repasse do custo é obrigação”.

Aos produtores, a Fetag-RS orienta que valorizem o suor de suas famílias. Negociem apenas na propriedade, não aceitando classificação nas empresas, pois este é o momento em que o produtor deve valorizar seu trabalho.

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