Sergiomar Crespo Schild, reconhecido por ter criado o Hino de São Lourenço do Sul e ser cofundador do Reponte da Canção morreu aos 81 anos.
Morreu no sábado, 7 de junho, aos 81 anos, Sergiomar Crespo Schild. Reconhecido por sua trajetória como professor, poeta e defensor incansável da cultura do Rio Grande do Sul, ele deixa um legado profundo para São Lourenço do Sul e toda a região sul do estado. O sepultamento ocorreu no domingo, 8 de junho, no cemitério municipal da cidade.
Natural de São Lourenço do Sul, Sergiomar nasceu em 21 de abril de 1944. Era o primogênito do casal Oraida Conceição Crespo e Elmar Schild. Desde cedo, demonstrou interesse pelas letras, pela educação e pelas tradições gaúchas — paixões que o acompanharam por toda a vida.
Com formação em Educação Física e pós-graduação na área, Sergiomar também foi um homem de letras. Em 1980, lançou seu primeiro livro de poesias crioula, “Memórias de um Caborteiro”, durante a 1ª Feira do Livro de São Lourenço do Sul. Além de autor, foi um dos criadores e organizadores do evento, ao lado de sua esposa, Elida Schild. Já em 1984, publicou sua segunda obra: “Pátria Chão”, consolidando-se como uma das vozes da poesia nativista no estado.
Além da literatura, contribuiu de forma significativa para a identidade visual e cultural do município. Em 1983, criou a logotipia do Centenário de Emancipação Política de São Lourenço do Sul. Também é dele a autoria da letra do Hino Oficial do Município, símbolo cívico e afetivo que marca a história local.
Reponte da Canção
No entanto, talvez seu feito mais duradouro tenha sido a idealização do Reponte da Canção Crioula do Litoral Sul. Sergiomar não apenas criou o projeto e seu regulamento, como também mobilizou lideranças e instituições para que o festival se tornasse realidade.
Com apoio do Patrão do CTG Sepé Tiaraju, João Barbosa da Cunha, e do então prefeito Rudh Hübner, nasceu o evento que viria a se tornar um dos cinco maiores festivais nativistas do estado.
Como coordenador de divulgação do Reponte, percorreu o Rio Grande do Sul por anos, promovendo o festival e a cidade de São Lourenço do Sul, que ele carinhosamente ajudou a projetar como a “Pérola da Lagoa”. Assim, seu trabalho rendeu reconhecimento em 1992, quando recebeu o troféu “Destaque dos Festivais” do Jornal da Noite, por meio do jornalista Danilo Ucha.
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